Pão não deve ficar mais barato com isenção de imposto
A isenção do Pis/Cofins sobre a farinha do trigo e venda do pão francês não deve reduzir o preço ao consumidor, segundo o presidente do Sindipan (Sindicato da Indústria de Panificação de Mato Grosso do Sul), Raul Alves Barbosa. Ele afirma que a redução de imposto não adianta se o preço do trigo continua em alta.
Segundo Raul, desde fevereiro o saco de trigo subiu de R$ 60,00 a R$ 100,00. Insumo básico do pão francês, o trigo é importado da Argentina, já que a produção nacional não atende nem 30% da demanda e continua caindo.
Raul afirma que há uma notícia de que o preço do trigo pode cair a R$ 70,00 o saco e, se isso se confirmar, aí sim o preço do pão ao consumidor ficará menor. Nesta terça-feira, às 19h30, haverá uma reunião do Sebrae para tratar justamente das perspectivas para o setor e quanto à oferta de trigo. Raul explica ainda que a isenção de imposto não chegará a todos.
Os estabelecimentos que estão no Simples, por exemplo, terão somente o repasse da desoneração que os moinhos deverão promover. Isso gera também, uma concorrência desigual entre as panificadoras. No País, é estimado que a desoneração sobre a venda do pão chegará a somente 5% dos estabelecimentos.
O pão francês tem despontado dentre os principais produtos que tiveram alta de preço neste ano pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e pesa no orçamento por ser tradicional à mesa.