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Cidades

Para deputada, ordens não saem dos presídios federais

Redação | 29/10/2009 11:49

Para a deputada federal Marina Maggessi (PPS/RJ) ordens para crimes não são dadas por internos dos presídios federais. Ela e o deputado federal William Woo (PSDB-SP) integram a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados e estão nesta quinta-feira em Campo Grande. Eles já visitaram o presídio federal de Catanduvas, Paraná, e conversaram com internos.

Segundo a deputada, que já foi chefe do Serviço de Inteligência do Rio de Janeiro, as autoridades policiais colocam a culpa de invasões em morros e outros crimes em internos de penitenciárias federais porque "se sentem acuadas". "As autoridades se sentem acuadas e falam o que vem na cabeça", disse.

"Muitas vezes culpam Catanduvas e Campo Grande e não conhecem a realidade", declarou Marina, que decidiu primeiro conhecer as duas penitenciárias para então emitir opinião. Ela irá produzir um relatório sobre as visitas, que será entregue ao Ministério da Justiça.

Com base na visita que fez à unidade penal de Catanduvas, Marina afirmou que as ordens não são dadas por detentos que estão no sistema penitenciário federal.

A deputada constatou que nos presídios não há possibilidade de entrar equipamentos eletrônicos de comunicação e que os internos não conversam entre si, porque ficam em alas separadas. Segundo Marina, a única possibilidade de comunicação seria com visitantes. "Aí, são outros 500".

Marina contou que no presídio de Catanduvas conversou com oito internos que integram o CV (Comando Vermelho), entre eles, o líder Marcinho VP.

De acordo com ela, Marcinho falou que para ele não importa o local onde irá cumprir pena, o que ele não quer, é que a Polícia consiga mandados de prisão preventiva devido às suspeitas que ordens para ocorrência de crimes sejam dadas por ele. "E na verdade, não está", disse Marina sobre as ordens. Segundo a deputada, o diretor do presídio de Catanduvas, Fabiano Bordignon, está revoltado com as suspeitas.

Marina declarou que na Capital, irá conversas com presos que são do Rio de Janeiro, entre eles Fabinho São João e Fernandinho Beira-Mar. De acordo com ela, Fabinho é um dos detentos do Rio que estão há mais tempo em Mato Grosso do Sul e é do morro que serviu de base para invasão ao do Macaco.

Em relação à transferência de 10 presos do Rio de Janeiro para Campo Grande, no último sábado (24), Marina declarou que eles são do segundo escalão do Comando Vermelho. "Vieram para cá nem sei por que".

Sobre as declarações de autoridades políticas de que os criminosos trazem para a Capital comparsas da cidade de origem, Marina declarou. "O criminoso não tem como trazer a estrutura que é montada no morro. Não tem como largar. A boca de fumo é a empresa dele", justifica a deputada.

Marina também falou que a Inteligência do Rio de Janeiro já sabia da invasão ao morro do Macaco um dia antes "e nada foi feito". Segundo ela, os policiais ficaram indignados após a queda do helicóptero porque a Inteligência sabia da invasão e ninguém fez nada.

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