Para evitar invasões, Famasul propõe segurança privada

Na tarde de hoje, o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior, disse que vai encomendar um estudo jurídico para saber em que condições os produtores podem lançar mão do serviço de segurança privada para impedirem que suas terras sejam alvos de invasões.

"Se eu sentir que minha segurança está ameaçada, ou que vou ter meus bens expropriados, creio que a legislação me permite isso", argumenta.

Durante as últimas semanas, espalhou-se um rumor de que abril será um mês de invasões no campo.

"Quando você vai a um banco tem de tirar até o celular para entrar, a mesma coisa em um condomínio onde a segurança e feita com guardas armados. Se for legal, nós vamos sim dar esta orientação aos produtores", reforçou. "O fazendeiro tem de estar dentro da lei, mas tem o direito de defender seu patrimônio".

Apear de advogar a "vigilância" das propriedades, Silva é enfático ao dizer que não se trata de uma "guerra entre brancos e índios". Segundo ele, ambos são vítimas de um problema social criado há séculos, sendo que as populações indígenas têm sido usadas como "massa de manobra". "Ninguém está incitando violência contra os índios", ressalta.