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Cidades

Para pesquisadores, cura do câncer pode vir da mandioca

Redação | 17/03/2010 15:56

Pesquisadores da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) descobriram que uma substância da mandioca, a linamarina, poderá ser usada no tratamento e o caminho para a cura do câncer. Ela está presente em toda a planta da mandioca, das folhas à raiz.

O futuro medicamento, que em uma previsão otimista pode estar pronto em três anos, promete ser mais eficiente e de custo muito inferior. "Será um tipo de quimioterapia menos agressiva", prevê a professora doutora da UCDB, Marney Pascoli Cereda, que orientou a pesquisa.

Este é o resultado esperado da pesquisa que começou na década de 80 em São Paulo e que na UCDB virou uma dissertação feita sob sigilo pelo mestrando do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UCDB, Rondon Tosta Ramalho.

A divulgação da resultado da pesquisa, feita hoje na Lagoa da Cruz, uma fazenda escola da UCDB, em Campo Grande, tem o objetivo de chamar a atenção de grandes laboratórios para a pesquisa, que teve o resultado patenteado pela universidade.

Tumor líquido retirado de camundongos foi combatido com sucesso pela acetona cianidrina, um metabólico da liminarina, nas pesquisas in vitro. O tumor foi injetado na barriga de camundongos, e depois de nove dias retirado, para o teste in vitro. Os camundongos, em seguida, são sacrificados.

A substância matou por asfixia 100% das células cancerígenas. Já a morte de células sadias foi considerada "baixíssima", segundo Marney. Isto porque a acetona cianidrina consegue distinguir as células cancerígenas entre as saudáveis para agir somente nas células doentes.

Com a ajuda de um microscópio e graças a aplicação de um corante, é possível verificar quais morreram (elas ficam da cor marrom) e quais continuam vivas (verde).

A vantagem em relação a outros estudos feitos pelo mundo é que neste não há o uso de agentes geneticamente modificados, que acabam restringindo o princípio ativo.

No Reino Unido e na Espanha, pesquisadores desenvolveram testes em cobaias por meio da utilização da linamarina extraída da mandioca e da linamarase excretada por células tumorais modificadas geneticamente.

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