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Cidades

Para secretário, falta de viaturas afeta, mas não aumenta índice de crimes

Luana Rodrigues | 29/09/2015 10:05

Um levantamento realizado pela ACS (Associação de Cabos e Soldados) mostra que de 60 viaturas em funcionamento nos batalhões de Campo Grande, pelo menos 29 estão "baixadas", ou seja, com problemas mecânicos. Em maio deste ano, outra pesquisa mostrou deficit de 554 veículos para atender a polícia em Mato Grosso do Sul, sendo 329 automóveis e 225 motos.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Silvio Maluf, assume a carências de viaturas e já informou que o problema será solucionado após o fim do processo de locação de veículos, que está sendo desenvolvido pelo Estado. O problema é que o os veículos chegam só no ano que vem, enquanto isso, os crimes não param, de janeiro até o dia 27 de setembro já foram registrado mais de 7. 400 roubos no Estado, mais da metade na Capital, 4.762.

No entanto, segundo o secretário, a falta de viaturas "tem efeito, mas não é capaz de resultar no aumento dos crimes". Maluf atribui o crescimento nos a um fenômeno nacional que envolve crise e desemprego, e também ao aumento do número de apreensões de drogas no estado. "Temos apreendido um número alto de entorpecentes e quando o traficante é preso e a droga apreendida, ele fica devendo para a facção, é ai que comete assaltos, roubo de carros, e outros crimes", explicou.

Ao tratar o caso como um "fenômeno nacional", o secretário explica que a crise que atinge o país tem formado novos bandidos. "Muitos ficaram desempregos, ai apelam para o trabalho informal como a venda de eletrônicos e produtos importados, mas nesse caso, o dólar está alto e o negócio acaba não dando certo, a opção que eles enxergam é o crime", aponta.


Alvos fáceis - A polícia sempre orienta, mas a vitimologia continua sendo apontada pelos responsáveis pela segurança pública como sendo um dos motivos para o aumento dos crimes. "A distração é sim um grande colaborador do bandido, e sempre frisamos isso, mas continua acontecendo", diz o secretário.

Maluf afirma que a secretaria tem feito campanhas de orientação, para apurar o senso das pessoas quanto a situações de risco, afim de que os cidadão se tornem protetores de si e dos que estão a sua volta, já que a polícia não é onipresente. "Sendo mais cuidadosas, os bandidos não se aproveitaram do elemento surpresa e o cidadão é que pode ser esse elemento denunciando atitudes suspeitas à polícia", considera.

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