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Cidades

Para sindicato, governo avança na proteção de cortadores

Redação | 25/06/2009 13:22

O fim da terceirização do corte da cana é apontado por Oviedo Santos (presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Fabricação do Açúcar e do Álcool, entidade de Rio Brilhante) como um dos principais avanços do acordo que o governo vai firmar com os produtores de álcool e açúcar.

Hoje à tarde, o presidente Lula e representantes do setor sucroalcooleiro vão assinar o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar.

O acordo prevê o fim da terceirização no cultivo, eliminando do atravessador, maior transparência na aferição da cana cortada manualmente, entre outras.

"Estava na hora do governo fazer alguma coisa assim", criticou. "O fim da terceirização do corte é uma das medidas mais importantes, porque coloca a responsabilidade pelo trabalhador sobre as usinas e facilita a fiscalização. Tem gente que é sério na hora de contratar, mas tem muito picareta também. A usina tem de ter o cortador como seu empregado, responsável por ele e protegendo-o", argumenta.

Santo explica que muitos são contratados e, depois do trabalho entregue, não recebem nada, ou menos do que o combinado. "Daí, estas questões vêm para aqui no Sindicato".

Apesar de elogiar a atitude do governo, o sindicalista ressalta que falta fiscalização por parte do poder público é o que, segundo ele, permite a proliferação do descumprimento das leis trabalhistas. "Se tivermos órgãos fiscalizadores eficientes, exigindo a aplicação da lei, a tendência é de acabar a exploração", pondera.

Dentre os compromissos que o governo tentou conseguir estava a distribuição de almoço para os trabalhadores, os usineiros já responderam que não vão atender este pedido. Os cortadores continuarão comendo a bóia fria.

Contudo, de acordo com Santos, a maioria das usinas e contratadores de mão-de-obra que atuam em Mato Grosso do Sul oferecem almoço quente no local. "Para ter isso é descontado uma parcela do salário do trabalhar. Alguns optam por levarem a comida de casa, mas são poucos", detalha.

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