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Cidades

Parlamentar denunciava tráfico e máfia das funerárias

Redação | 26/04/2010 20:31

O senador paraguaio Robert Acevedo, que sofreu atentado a tiros nesta segunda-feira em Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã, denunciou em julho do ano passado articulações da máfia das funerárias, investigada pela operação Owari da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. Acevedo também atacava publicamente cartéis de drogas na região.

Em julho do ano passado, Acevedo sugeriu que o cônsul do Paraguai em Ponta Porã, Luís Sosa de Larrosa, poderia estar de certa forma vinculado ao esquema. Segundo a PF, a família Uemura era a responsável por manter, por vários anos, um esquema de fraude em licitações para controlar serviços públicos em vários setores. Para isso contava com o apoio de servidores e políticos em Dourados, Ponta Porã e Naviraí.

De acordo com reportagem do Mercosul News, Acevedo afirmou que o cônsul seria um dos elos atuantes pela omissão no sepultamento de paraguaios apenas 'no papel' em território brasileiro além de não cumprir sua missão constitucional, "ajuda a encobrir a corrupção em Ponta Porã".

Para garantir o pagamento público às funerárias, atestados de óbito frios eram produzidos para atestar a morte de cidadãos paraguaios em solo brasileiro. O esquema, conforme garantiu Acevedo em reportagem do Mercosul News, legalizava o pagamento das despesas funerárias pela Prefeitura de Ponta Porã, translado ilegal para território paraguaio com a chancela do cônsul Luís de Larrosa e 'registro imoral' de paraguaios como se fossem brasileiros".

Robert Acevedo, do Partido Liberal Radical, sofreu um atentado hoje em Pedro Juan Caballero. Segundo informações do G1, o senador foi atacado por dois motociclistas que interceptaram sua caminhonete em um terminal rodoviário da cidade que, em seguida, dispararam ao menos 40 tiros contra os ocupantes do veículo.

Acevedo já foi governador da Amabay, departamento onde se localiza Pedro Juan Caballero e é irmão do prefeito da cidade, José Acevedo.

O departamento de Amambay é um dos cinco dos 17 departamentos do país que está localizado na zona de exceção declarada desde sábado pelo Congresso do país, com duração de 30 dias. O objetivo da medida é combater o grupo armado Exército do Povo Paraguaio (EPP). A polícia descarta qualquer relação entre o grupo e o atentado contra Acevedo.

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