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Cidades

Parque da Serra da Bodoquena começa a ser implementado

Redação | 04/11/2010 22:11

A administração dos mais de 76 mil hectares de terra que compõem o PNSB (Parque Nacional da Serra da Bodoquena) já está sendo debatida. Na última semana, foi instituído em Mato Grosso do Sul o Conselho Consultivo do parque, que une órgãos públicos, proprietários rurais e sociedade civil para a efetivação da primeira unidade de conservação integral federal do estado.

O MPF/MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul), representado pelo procurador da República Emerson Kalif Siqueira, integra o Conselho Consultivo como membro titular. Para ele, dar seguimento à efetivação do parque é prioridade.

Emerson explica que o parque foi criado há dez anos e até hoje apenas 17% de suas áreas tiveram a transferência de domínio para a União efetivadas (regularização fundiária). Por isso, segundo ele, é preciso dar seguimento à implementação da unidade de conservação.

Das 47 propriedades rurais que compõem o Parque Nacional, nove já foram adquiridas pela União, totalizando 13.584,66 hectares. Há ainda 20 processos em andamento no ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) para fins de regularização fundiária, sendo que a metade deles está parada por documentação incompleta.

A próxima reunião do Conselho Consultivo foi agendada para 7 de dezembro no município de Jardim.

Abrangência - O Parque Nacional da Serra da Bodoquena abrange os municípios de Bonito, Bodoquena, Jardim e Porto Murtinho e é o único parque nacional situado exclusivamente em território sul-mato-grossense. Localizado no cerrado, ele possui influências do Pantanal, do Chaco e da Mata Atlântica.

O PNSB protege uma área de transição importante e rara no Brasil e engloba a cabeceira de rios regionalmente valiosos, como o Salobra, Perdido, Formoso e da Prata, cujas águas vertem para rios federais. A peculiaridade da região é representada também por uma fauna exuberante.

Segundo AER (Avaliação Ecológica Rápida), realizada pelo ICMBio, é possível encontrar na região onças, veados, tatus, catetos, macacos-prego, gato-palheiro, cachorro-vinagre, entre outros mamíferos. Foram registradas, ainda, quase 400 espécies de aves, duas novas espécies de peixes e espécies raras de répteis e anfíbios.

Na região há também indícios da existência de grandes sistemas de cavernas inundadas e resquícios de fósseis de 12 a 20 mil anos, que conviveram com seres humanos na última glaciação. (Com informações da assessoria).

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