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Cidades

Parques podem salvar rios da capital, diz ambientalista

Redação | 27/02/2009 15:46

A criação de parques ao longo dos rios que cortam a cidade, esta é uma das soluções apontadas pelo coordenador da Associação do Córrego Balsamo, Eduardo Romero, para se evitar o problema da erosão nos rios de Campo Grande. Dessa forma as matas ciliares seriam preservadas, não ocorreria a erosão das margens e ainda haveria mais uma opção de lazer para a população.

"Além de causar prejuízos ao patrimônio, a erosão também afeta a economia em torno da cidade, já que a terra retirada das margens se acumula no leito e diminui o fluxo de água, com isso as fazendas e chácaras perdem produtividade", explica.

Na manhã de hoje, cinco famílias, que moravam há mais de dez anos às margens do córrego Desbarrancado, tiveram de ser removidas por conta de uma gigantesca erosão que ameaça suas casas, já condenadas pela Defesa Civil.

Segundo Romero, para os locais onde a mata já foi destruída restam duas opções para se evitar a erosão: o plantio de uma vegetação que possa substituir a vegetação original e, para os casos mais graves, a canalização do rio. "Mas, primeiramente, tem de se cumprir o Código Florestal e preservar a mata ciliar", atenta.

"Cada caso tem de ser analisado separadamente, mas há lugares que a degradação chegou a tal ponto que é necessária a intervenção pesada da engenharia, com a construção de barreiras de concreto para se evitar o assoreamento do rio", diz.

Romero explica que no processo natural as matas ciliares têm a função de conter as águas, com as raízes das plantas e amortizar a queda da chuva. "Um solo coberto de vegetação a enxurrada não leva".

Para o coordenador da Associação, a situação dos rios de Campo Grande revela o descaso das autoridades como cumprimento da Lei. "Tem de se garantir o crescimento da cidade levando em consideração as características ambientais encontradas nela", comenta.

De acordo com o Código Florestal, criado em 1965 pela lei 4.771, a largura mínima de mata ciliar que deve ser preservada é de 30 metros, em ambas as margens de qualquer curso d`água com menos de dez metros de largura.

A Associação Balsamo, é uma organização não-governamental que luta pela conservação do córrego Balsamo.

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