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Cidades

Pedágio torna MS menos competitivo, diz Sindcargas

Redação | 13/05/2009 11:15

A meta do governo estadual de implantar pedágios em rodovias de Mato Grosso do Sul é motivo de preocupação extra para os caminhoneiros, que vivem momento desolador, com dívidas altas e falta de serviço. Além disso, segundo o relações públicas do Sindcargas, Roberto Sinai, torna a produção estadual menos competitiva.

Tomando como exemplo a BR-163, que tem extensão de 800 quilômetros, ele calcula que o valor do pedágio para ida e volta, de Sonora até o Paraná, para embarque no Porto de Paranaguá, seja de R$ 560,00 (considerando pedágio a cada 80 quilômetros, de R$ 4,00 por eixo e carreta com 7 eixos). Levando em conta uma carga de 37 toneladas em um bitren, significa encarecimento de quase R$ 1,00 por saca.

"Isso não vai ter como repassar. O agricultor é que vai bancar essa perda",diz. Da mesma forma, afirma, acontece com a pecuária. Sinai atenta que a produção de Mato Grosso do Sul é primária, de baixo valor agregado. Há pouca carga industrial escoada pelas rodovias e, portanto, o ônus dos pedágios não é suportável.

Ele lembra que hoje há rodovias em estado crítico no Estado. A BR-267, na região de Casa Verde, é considerada intransitável. "Não tem sinalização horizontal e vertical. O mato tomou conta. Está complicadíssimo", afirma Sinai.

Segundo o governo do Estado, está comprovada viabilidade da concessão de três rodovias federais: a BR-163, entre Sonora e Mundo Novo; a BR-262, entre Campo Grande e Três Lagoas; e a BR-267, entre Nova Alvorada e Bataguassu. Na semana passada foi publicada no Diário Oficial a abertura de crédito de R$ 8,2 milhões para projetos executivos e estudos.

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