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Cidades

PF abre nova fase da Operação Hashtag, que investiga terrorismo no Brasil

Nyelder Rodrigues | 06/09/2016 19:31

A PF (Polícia Federal) deu início nesta terça-feira (6) a mais uma fase da Operação Hashtag, que investiga o planejamento de ações de terrorismo no Brasil que deveriam ocorrer, principalmente, durante a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no mês passado. Os presos, entre eles um campo-grandense, estão na Penitenciária Federal de Campo Grande.

Além dos atentados no Brasil, também estão sendo investigados o envolvimento de brasileiros com o terrorismo internacional de uma forma geral. Dois mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva foram autorizados pela 14ª Vara Federal de Curitiba (PR). As ações foram realizadas no interior do Estado de São Paulo.

Os nomes dos alvos dos trabalhos desta nova fase da Hashtag deflagrada não foram revelados para evitar que o andamento das investigações sejam prejudicadas, conforme explicou a Justiça Federal do Paraná, que considera que esta seja a quarta fase da operação - já a PF considera como terceira fase ainda.

Uma das pessoas que foram conduzidas coercitivamente foi um estudante de 18 anos que mora em Franca. Ele foi levado à sede da PF em Ribeirão Preto e liberado no início da tarde. Conforme o advogado dele contou ao G1 de São Paulo, o garoto acessou sites relacionados ao Estado Islâmico e conversou com suspeitos presos na Hashtag.

Além disso, ele negou o envolvimento do cliente, argumentando crer que o acesso foi feito mais por curiosidade. O advogado também revelou que o garoto tinha interesse na religião muçulmana e que não há nenhum envolvimento dele com nenhuma atividade criminosa. O computador e o celular do jovem foram apreendidos.

Hashtag - Nas ações anteriores, 14 pessoas foram presas e encaminhadas para Campo Grande, permanecendo no Presídio Federal. Um deles foi Leonid El Kadre de Melo, de codinome Abu Khalled El Kadri. Ele é nascido na capital sul-mato-grossense e morava no interior de Mato Grosso. As investigações apontaram que ele era um dos líderes do grupo.

Um adolescente também foi apreendido por envolvimento com ações que cogitavam um atentado químico para matar centenas de pessoas por contaminação, despejando produtos em centrais de abastecimento de água. As ideias eram discutidas por e-mail e pelo aplicativo Telegram, em um grupo fechado chamado Jundallah (Soldados de Deus, em português).

"Ótima oportunidade para matar americanos, iranianos, shiitas, saudis etc", disse um membro do grupo. Todos foram enquadrados na Lei Antiterrorismo, que entrou em vigor no dia 18 de março. Alisson Luan de Oliveira, usuário do perfil Allison Mussab, postou no Telegram a proposta do extermínio em massa.

"Já imaginaram um ataque bioquímico, contaminar as águas em uma estação de abastecimento de água?", disse Alisson. A PF tem até sexta-feira (9) para apresentar à Justiça Federal as análises do material apreendido. Foi renovado até o dia 18 deste mês a prisão temporária dos 12 primeiros suspeitos detidos.

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