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Cidades

PF aguarda documentos apreendidos em empresas no Paraná e São Paulo

Aline dos Santos | 11/05/2016 13:11
Polícia Federal vai analisar documentos apreendidos na segunda fase da Lama Asfáltica. (Foto: Marcos Ermínio)
Polícia Federal vai analisar documentos apreendidos na segunda fase da Lama Asfáltica. (Foto: Marcos Ermínio)

A PF (Polícia Federal) aguarda a chegada de documentos apreendidos em empresas no interior de São Paulo e Paraná durante a segunda fase da operação Lama Asfáltica, realizada ontem (dia 10). No Paraná, a ação foi na empresa Sanches Tripoloni. Em São Paulo, o alvo foi a Encalso.

As empresas tinham contrato com o governo do Estado. Os mandados da segunda fase, batizada de Fazendas de Lama, foram cumpridos em Campo Grande, Rio Negro, Curitiba (PR), Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).

Os contratos foram analisados pela CGU (Controladoria-Geral da União). Na primeira fase da Lama Asfáltica, realizada em 9 de julho de 2015, o relatório da Polícia Federal trazia o registro do encontro entre Edson Giroto (ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras) , João Amorim (dono da Proteco Construções Ltda) e Antônio Petrin (diretor comercial do grupo Encalso). Giroto e Amorim foram presos ontem. Já o encontro foi gravado foi em 11 de dezembro de 2014, no aeroporto de Presidente Prudente, interior de São Paulo,

A Encalso executou obras de R$ 88,9 milhões na pavimentação de três lotes da MS-040 e é a construtora dos residenciais de luxo Damha em Campo Grande. Num deles, está a mansão de Giroto.

Por meio de nota, a Encalso informa que foi surpreendida pela ação da Polícia Federal. “ A Encalso esclarece que foi surpreendida na data de hoje com um mandado de busca e apreensão em seu escritório de Presidente Prudente. Informa que não é alvo de qualquer investigação relacionada à chamada 'Operação Lama Asfáltica' que ocorre na cidade de Campo Grande”.

Diretor jurídico da Sanches Tripoloni, Jamil Josepetti afirma que a empresa ainda toma conhecimento sobre o motivo de um mandado de busca e apreensão na sede administrativa de Maringá. “Vamos tomar pé da situação para dizer qual o posicionamento”, diz.

A segunda etapa da operação prendeu 15 pessoas e resultou no bloqueio de R$ 43 milhões. A investigação identificou R$ 44 milhões em desvio de recurso público e que foi formada uma rede de “laranjas”, composta por familiares e terceiros, para lavagem do dinheiro de origem ilícita.

Os valores foram transformados principalmente em fazendas, que totalizam 67 mil hectares espalhados por Mato Grosso do Sul. Ao todo, os contratos sob investigação somam R$ 2 bilhões. Dos 15 presos, três mulheres deixaram a prisão. Foram apreendido R$ 475 mil e 50 mil dólares.

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