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Cidades

PF indicia Beira-Mar por morte de advogado desaparecido

Redação | 07/01/2008 08:25

A delegada da Polícia Federal no Rio de Janeiro Luciana de Castro Ribeiro vai pedir o indiciamento por homicídio do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, 40 anos, que está preso em Campo Grande, no Presídio Federal de Segurança Máxima. A acusação, dessa vez, é em relação ao desaparecimento de um dos advogados do traficante, João José de Vasconcelos Kolling, sumido desde junho do ano passado.

O advogado aparece até hoje como um dos sete profissionais que defendem Beira-Mar no processo que corre contra ele, em Campo Grande, pelo homicídio do traficante João Morel, assassinado em 2001 em uma cela do Presídio Estadual de Segurança Máxima. O Ministério Público Estadual acusa Beira-Mar de ter encomentado a morte de Morel, seu antigo sócio, em razão de informações que ele teria prestado à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou a atuação do mercado de drogas no País.

O caso está na fase final, esperando a definição do juiz se vai mandar ou não Beira-Mar a julgamento. Apesar disso, consta do processo que os advogados dele não apresentaram alegações finais, ou seja, a argumentação derradeira para convencer o juiz da alegada inocência.

Sobre o desaparecimento do advogado, a delegada, responsável Operação Fênix, que levou para a prisão a mulher do bandido, Jaqueline Alcântara de Moraes, pretende encaminhar a peça amanhã para a 2ª Vara Criminal Federal do Paraná com o indiciamento de Beira-Mar pelo homicídio do advogado, como informou o portal de notícias G1. Kolling é apontado pela PF como o homem que vinha comandando, até desaparecer, as atividades da quadrilha de Beira-Mar.

O sumiço - Segundo as investigações da PF, Kolling foi visto pela última vez por policiais que o investigavam, quando saía de sua residência na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Segundo os policiais, ele seguia, em direção ao município de Duque de Caxias, onde fica a favela Beira-Mar, reduto do bando de Fernandinho.

Ainda de acordo com o portal G1, o delegado da Polícia Federal Wagner Mesquita, que liderou as investigações, acredita que Kolling foi morto a mando de Beira-Mar, provavelmente por ter desviado dinheiro da quadrilha. Queixas contra o advogado teriam sido feitas ao traficante por sua mulher, Jaqueline Alcântara de Moraes.

Beira-Mar, que está em Campo Grande desde julho de 2007, teve a comunicação restringida a praticamente zero pela justiça, desde que a Operação Fênis, desencadeada em novembro, identificou que, mesmo em um presídio tido como modelo de segurança, conseguia negociar a venda de 10 toneladas de cocaína por mês.

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