PF investiga fraude em licitação do aeroporto da Capital
A Polícia Federal investiga fraude na licitação da obra de reforma e ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande. Além da Capital, a corporação prepara uma grande operação para dar continuidade às investigações das obras realizadas nos aeroportos de Guarulhos, Vitória, entre outros.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo deste sábado, o desvio de recursos nas obras realizadas pela Infraero superam R$ 500 milhões. As irregularidades ocorreram na gestão de Carlos Wilson, que morreu em abril deste ano.
A investigação envolve as principais construtoras do País, como OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Nielsen, Queiroz Galvão e Gautama.
Campo Grande - Em 2005, a Infraero licitou a ampliação da sala VIP e a reforma do Aeroporto Internacional de Campo Grande, que estava orçada em R$ 69,4 milhões, conforme o edital do órgão. Também foram investidos R$ 18 milhões na reforma do aeroporto de Corumbá.
De acordo com a Folha de S.Paulo, a investigação começou há dois anos. Os envolvidos nas irregularidades foram grampeados há um ano. Nesta semana, o PF pediu autorização para uma ação de busca e apreensão, que acabou vazando para alguns investigados.
A ação era considerada a "cereja do bolo" da investigação, com grandes expectativas do que poderia ser encontrado no trabalho policial em ano pré-eleitoral - as empreiteiras costumam ser grandes doadoras de campanhas. As buscas seriam feitas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Mato Grosso do Sul e Bahia.
A investigação foi aberta como parte de um inquérito instaurado em 2007 com base em denúncia anônima.
Por estratégia, decidiu-se esvaziar a investigação principal e pedir escutas telefônicas, quebras de sigilo e, como agora, prisões e buscas e apreensões por meio de medidas cautelares, às quais os advogados só têm acesso oficial depois de executadas.