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Cidades

PF não encontra bala e conclui caso sem punir ninguém por morte de índio

Zana Zaidan | 07/01/2014 15:16

A Polícia Federal concluiu no dia 5 de dezembro o inquérito que investigava a morte do indígena Oziel Gabriel, 35 anos. O terena foi atingido por um tiro no dia 30 de maio, durante a reintegração de posse da fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande.

O inquérito nº 240/2013, assinado pelo delegado Paulo Machado, tem 2.100 páginas, mas não aponta quem disparou a arma de fogo que causou a morte de Oziel. Conforme a assessoria de imprensa da PF, não houve indiciamentos porque o projétil não foi encontrado, por isso, não há como determinar a autoria.

Agora, o caso está nas mãos da Justiça Federal e do Ministério Público Federal, que receberam o documento no dia 6 de dezembro. Foram colhidos mais de 70 depoimentos, entre indígenas, policiais federais e militares - inclusive da então Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), tropa de choque da PM, hoje alçada à Bope, que participou da reintegração - e jornalistas, além de anexados laudos técnicos periciais.

O caso – Oziel foi morto durante a operação de reintegração de posse da Buriti, que estava ocupada por índios terena desde o dia 15 de maio. Eles se negavam a deixar a propriedade, sob alegação de que a área é indígena.

O proprietário da fazenda, Ricardo Bacha, conseguiu que a Justiça concedesse a reintegração, que foi cumprida no dia 30 de maio pela Polícia Federal, com reforço da Cigcoe. O conflito durou cerca de oito horas. Na época, o major Marcos Paulo Gimenez, responsável pela operação, afirmou que a PM não portava armas de fogo, apenas armamento não-letal.

Além de Oziel, outros cinco terena ficaram feridos, quatro homens e uma mulher. A Policia Federal garante que três policiais tiveram escoriações. No total, 15 indígenas foram detidos e encaminhados para a sede da PF, em Campo Grande.

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