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Cidades

PF prende servidores por fraude no INSS envolvendo beneficiários de MS

Ângela Kempfer | 10/02/2012 16:25

A Polícia Federal cumpriu na manhã de hoje 35 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão contra servidores e pessoas envolvidas em fraude para prestação de 50 benefícios ilegais a idosos.

A operação foi batizada de BPC, referente ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social. O trabalho para prender suspeitos e recolher documentos, mobilizou 90 policiais federais em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.

Segundo o Ministério Público Federal, a maioria das pessoas detidas foi liberada após depoimento, mas não há detalhes de quantos ainda estão presos e o número de mandados cumpridos contra beneficiários em Mato Grosso do Sul que entraram com o pedido em Cuiabá.

Os servidores suspeitos de fraudar benefícios são da superintendência de Cuiabá. As buscas foram realizadas nas casas dos dois funcionários do INSS. Foram apreendidos computadores, extratos bancários e arquivos.

A denúncia que deu origem à apuração a partir da filha de um dos beneficiários envolvidos no caso. Ela relatou que a mãe pagou um intermediário que se apresentava como advogado para conseguir o benefício, mediante pagamento de quantia não divulgada, paga em 10 parcelas.

Depois de 14 meses de investigações, o MPF o prejuízo calculado até agora é de cerca de 950 mil reais. Mas o superintendente da Previdência, responsável pelas regiões Norte e Centro-Oeste, André Fidélis, disse à imprensa do Mato Grosso, onde as investigações são concentradas, que valores pagos indevidamente podem ser bem maiores.

O Ministério Público acredita que servidores do INSS ganhavam dinheiro com a inserção de dados falsos nos sistemas da Previdência Social, para serem utilizados nas concessões de benefícios previdenciários.

Os funcionários também são suspeitos de prepararem declarações falsas dos segurados em relação à composição da renda familiar, jogando o valor para baixo.

Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e corrupção passiva. Todos os beneficiários suspeitos serão ouvidos pela PF que já solicitou o afastamento dos 2 servidores acusados de movimentar o esquema em Cuiabá.

O BPC é concedido apenas a pessoas que não têm nenhum benefício previdenciário, ou de outro regime de previdência, e que a renda mensal familiar per capita é inferior a ¼ do salário mínimo vigente no País.

O superintendente disse ainda que se comprovadas as fraudes os benefícios serão cancelados. (Com informações do 24 Horas News)

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