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Cidades

PF sem pistas de índios desaparecidos após confronto

Redação | 03/11/2009 10:11

Quatro policiais federais estão desde ontem em Paranhos, a 470 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, investigando o desaparecimento dos professores índios Genivaldo Vera e Rolindo Vera, da aldeia Pirajuí. Eles teriam desaparecido no sábado à tarde após confronto entre um grupo de 20 índios e seguranças da fazenda São Luiz, a 50 km da aldeia e a 15 km da cidade. Os índios invadiram a fazenda na quinta-feira e foram expulsos pelos seguranças.

Segundo o serviço de comunicação da delegacia da PF em Naviraí, a equipe ainda não encontrou pistas dos índios desaparecidos. Outros índios que participaram da invasão e que estavam na fazenda no momento do confronto foram ouvidos. Não há informação se a equipe já esteve na fazenda.

Ontem, o índio guarani Bernardo Vera, pai de Genivaldo e tio de Rolindo, conversou com o Campo Grande News, por telefone, e contou como foi o confronto entre índios e seguranças da fazenda. Com a ajuda de um intérprete por não falar português, Bernardo disse que ele, o filho, o sobrinho e pelo menos outros 20 índios ocuparam a fazenda na tarde de quinta-feira. O grupo permaneceu dois dias na área.

No sábado à tarde, homens armados teriam invadido a fazenda e retiraram os guaranis à força. Tiros foram disparados, mas não há notícia se algum índio foi baleado. Bernardo contou que ficou com hematomas pelo corpo, mas não soube explicar como se machucou.

Dois adolescentes também desapareceram durante o confronto e só voltaram para a aldeia por volta de meio-dia de domingo. Os garotos fugiram assustados e se perderam do grupo.

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