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Cidades

Plantação de droga gera emprego para 60% na fronteira

Redação | 07/03/2008 09:13

A plantação de maconha em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha a Coronel Sapucaia, localizada a 396 quilômetros de Campo Grande, gera emprego para 60% dos paraguaios residentes na região. Brasileiros também trabalham no cultivo. A afirmação foi feita pelo prefeito de Capitán Bado Jorge Raul Martinez à reportagem do SBT Brasil.

"Pela minha experiência, uns 60% dos habitantes trabalham nisso aí. Eles são produtores. Temos que diferenciar. Temos o produtor de maconha. E tem o traficante de maconha. O produtor é um problema social para nós, o traficante é outro.", disse o prefeito.

Os maconheiros, como são chamados os bóias-frias, trabalham de 15 a 20 dias por mês. Recebem de R$ 5 a R$ 10 por dia e vendem o que colhem aos atravessadores, que representam os donos da droga, que são quem manda para o Brasil, o maior consumidor da droga.

Os trabalhadores têm que levar o próprio alimento e vivem em acampamentos precários. Um deles, que aceitou falar com a equipe de reportagem do SBT, só deu entrevista após pagamento de R$ 350 referente ao combustível e sem ser identificado.

Ele disse que o trabalho na plantação de maconha é um dos mais lucrativos para eles. Em 10 anos de trabalho ele comprou um carro levado do Brasil ano 94 e sem documentação. A casa que sonha ainda não conseguiu. Também afirmou que não se considera um criminoso.

Para chegar até o acampamento, a equipe do SBT andou 2h30 em uma estrada cheia de lama e buraco e levou 40 minutos para desatolar o carro em que estavam, mesmo tendo colocado correntes nos pneus.

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