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Cidades

PM em bairros é alívio imediato para problema crônico

Redação | 17/01/2009 09:06

Na manhã deste sábado a presença de dezenas de policiais nas ruas do bairro Los Angeles, na saída para São Paulo, produzia entre os moradores a sensação de segurança. Um alívio imediato para um problema com o qual a comunidade tem que lidar no dia-a-dia, conta a dona-de-casa Maria de Lourdes da Silva Lima, de 76 anos: "O povo anda armado perto da gente, muitas vezes são nossos amigos e não podemos falar nada".

Entre os moradores é praticamente consenso de que a falta de opção de lazer é um agravante, porque a ociosidade dos jovens acaba levando à criminalidade. "A situação é complicada. O desemprego é um dos maiores problemas e a falta de área de lazer complica", disse a dona-de-casa. Ela conta que há poucos dias uma pessoa passou na frente de sua casa e fez vários disparos com uma arma. Em seguida ela recolheu três cápsulas e entregou à polícia.

O presidente da Associação de Pais e Mestres da Escola Estadual Marçal de Souza, Arildo Soares, conta que "é só entrar de férias que começa a acontecer a criminalidade". Voluntário, ele participa da abertura da escola aos fins de semana para que os jovens possam praticar esportes, como o futebol de salão. Soares afirma que são necessárias mais opções de lazer e ao mesmo tempo cobra maior presença da polícia no bairro, onde mora há 20 anos: "Só nós que moramos no bairro sabemos o quão violenta é essa região".

A dona de casa Judith Maria dos Santos, 52 anos, também cobra policiamento constante. Ela conta que a filha teve a casa assaltada e que a polícia demorou 4 horas para chegar: "Quando a polícia chegou o bandido já estava no Paraguai".

O presidente da Associação de Moradores, Wilson José de Pinho, reiterou preocupação em relação à segurança. "Ultimamente temos sentido um alívio com a passagem da viatura da PM, mas isso não basta porque ela só circula no asfalto. Quem mora na parte baixa não é contemplado pela ronda", disse.

Ele afirma que uma das prioridades é a criação de um posto para registro de ocorrência. "De 40% a 50% dos furtos e assaltos não são registrados porque muitas vezes o morador não tem o passe de ônibus para fazer o BO em outra localidade", disse, acrescentado que o posto poderia ser em um bairro vizinho, como o Mário Covas e Macaúbas.

Segundo Pinho, no início de 2007 foi encaminhado um documento ao secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, solicitando a criação do posto. "Vamos voltar a bater nessa tecla agora", avisou. Outra reclamação da comunidade é quanto ao fechamento do posto policial que havia no Los Angeles.

Problema de todos

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