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Autor de ação contra concurso diz que situação de quem estudou "sensibiliza"

Caroline Maldonado | 04/08/2014 11:26
Professor acredita que concurso deve ser mantido para não prejudicar quem foi honesto (Foto: Marcelo Calazans)
Professor acredita que concurso deve ser mantido para não prejudicar quem foi honesto (Foto: Marcelo Calazans)
Provas foram realizadas no dia 25 de maio (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Provas foram realizadas no dia 25 de maio (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

Um dos autores de ação que pede suspensão do concurso da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) de Mato Grosso do Sul, o professor Deodato Dortas Rodrigues, mudou de ideia e agora pede manutenção do concurso, mas defende investigação para que possível fraude seja esclarecida.

O concurso polêmico, que tem vagas para fiscal de rendas e agente tributário, chegou a ser suspenso por uma liminar, que foi derrubada em julho deste ano. Tramitam na Justiça dois processos, uma ação popular e uma ação civil pública, iniciada pelo MPE (Ministério Público Estadual) e assumida pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

“A gente mudou de opinião por acabar se sensibilizando com a situação de pessoas que fizeram de boa fé, sem fraudar, por isso acho que não deve ser cancelado, mas quem fraudou deve ser penalizado, porque que a prova vazou nós sabemos, porque nós vimos as questões antes da aplicação”, afirmou o professor.

Segundo Deodato, está em curso uma investigação social, coordenada pela banca examinadora do concurso. “Nós estamos auxiliando nessa investigação, poque sabemos que muitas pessoas entraram de forma lícita e não podem ser prejudicadas pela fraude”, destacou.

Deodato é um dos professores que aparece em vídeo divulgado na internet que denuncia a possível fraude e explica que questões da prova foram discutidas por alunos nos dias anteriores a aplicação. Ele não acusa uma ou mais pessoas específicas, mas diz que há um suspeito e espera que a investigação esclareça a fraude.

A ação assumida pela OAB pede a suspensão e anulação do concurso para que seja realizado novo certame. A ação quer saber porque não foi publicada a lista de nomes da banca examinadora e questiona também a dispensa de licitação sem apresentação de justificativa.

A OAB cita a denuncia dos professores e complementa que a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), responsável pelas provas, já cometeu erros na condução e realização dos certames de outros concursos, realizados nesse ano. A Fapec não se manifestou quanto as considerações da ação.

Com a ameaça de cancelamento, um grupo de candidatos que tiveram as melhores notas se manifestou nas ações. Um deles, o auditor fiscal em Curitiba/PR, Renan Godoi Ventura Menegão argumentou, em entrevista ao Campo Grande News, que dentre os 50 primeiros colocados, quase todos já são servidores públicos e não tem perfil que aponte para suspeita de fraude.

No dia 2 de julho foi publicada a classificação final dos candidatos aprovados. Os nomes dos 161 aprovados podem ser conferidos nas páginas 13 e 14 do Diário Oficial do Estado.

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