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Cidades

Polícia apreende revólver de Betão na casa de vereador de Caracol

Paulo Yafusso | 03/06/2016 17:55
Carro em que foram encontrados os corpos de Betão e policial civil Anderson Celin. Os corpos foram encontrados carbonizados, mas também com marcas de tiros (Foto: Arquivo)
Carro em que foram encontrados os corpos de Betão e policial civil Anderson Celin. Os corpos foram encontrados carbonizados, mas também com marcas de tiros (Foto: Arquivo)

Uma das armas apreendidas na casa do vereador de Caracol Eyde Jesus Rodrigues Leite (PSL), no último dia 25 de maio, pertencia ao servidor público Alberto Aparecido Roberto Nogueira, 55, conhecido como Betão, encontrado morto no último dia 21 de abril junto com o policial civil de Campo Grande Anderson Celin Gonçalves da Silva, de 36 anos. Os corpos estavam carbonizados, com marcas de tiros, na carroceria da caminhonete de Betão.

A arma é um revólver calibre 38, que foi reconhecido por amigos como sendo de uso de Betão, que embora não tenha nenhuma condenação por homicídio, era conhecido com pistoleiro no Estado. A outra arma, também de calibre 38, estava adulterada para que pudesse ser acionada também com calibre 357, de uso restrito.

O delegado titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) da Capital que investiga o duplo homicídio, Márcio Obara, não divulga detalhes das investigações. Mas o Campo Grande News apurou que as armas foram encontradas no quarto do vereador Eyde Rodrigues Leite, que chegou a ser preso no dia 25 de maio, mas soltou no dia seguinte após pagar fiança no valor de R$ 7.040,00 – o correspondente a oito salários mínimos.

O vereador foi preso por porte ilegal de arma. O alvo da investigação mesmo é o filho dele, Oscar Ferreira Neto, conhecido também como Oscarzinho, que está com prisão temporária decretada mas está foragido. A polícia solicitou à Justiça o mandado de busca e apreensão e da prisão temporária de Oscarzinho, a partir da informação de que a arma de Betão estaria com ele.

Oscar Ferreira Neto tem várias passagens pela polícia por disparo de arma de fogo, perturbação do sossego, violência doméstica e diversas por ameaça. Na região de fronteira Oscarzinho também é considerado pistoleiro e amigo de Alberto Aparecido Roberto Nogueira. O Campo Grande News tentou falar com o vereador Eyde Leite e o advogado dele, Marcelo Battilani Calvano – que é vereador em Bela Vista – mas eles não foram localizados.

A polícia já sabe que Oscar Neto esteve no mesmo pesqueiro junto com Betão e Anderson Celin na época do crime. O que não se sabe ainda é se ele permaneceu no local. Também não se apurou ainda se os tiros que atingiram os corpos encontrados carbonizados partiram de alguma das armas apreendidas. O laudo da perícia ainda não ficou pronto.

Nessa investigação também foi preso Guilherme Gonçalves Barcelos, de 31 anos. Ele era de Bela Vista e amigo de Oscar Ferreira Neto. Segundo o pai dele, José Carlos de Barcelos, de 54 anos, a polícia esteve na casa de Guilherme a procura de arma, mas encontraram apenas uma pistola usada para pinturas.

Guilherme foi preso num hotel em Campo Grande. De acordo com o pai, estava indo para uma fazenda fazer um serviço. Recolhido numa das celas do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e encontrado enforcado. A suspeita é de que ele tenha cometido suicídio, e o caso está sendo investigado pela Denar (Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico).

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