Polícia começa investigar negligência em caso Nicholas

A Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento a Infância e Juventude) fez uma espécie de simulação hoje, tecnicamente chamada de "constatação", no local do espancamento de Nicholas Barbosa Cesco, de 16 anos, que foi agredido por quatro adolescentes, após sair de um show na UCDB, no último dia 15 de novembro.

A delegada Maria de Lourdes Canno explica que a constatação é feita com as testemunhas, para indicar os últimos momentos da vítima, desde a saída do evento, até o ponto de ônibus, local onde iniciou a agressão.

Essa fase é de apuração complementar, porque o inquérito já foi fechado. Um dos objetivos é detectar se houve negligência e omissão de socorro por seguranças da festa, Polícia Militar e Samu.

Quem mostrou os detalhes hoje sobre o que aconteceu no dia do crime foi a namorada de Nicholas, uma adolescente de 14 anos. Ela contou que após a saída da festa, um grupo de amigos caminhou até o ponto de ônibus, próximo à entrada da universidade, onde começaram as agressões.

A namorada diz que ela e outros amigos de Nicholas se afastaram, quanto quatro rapazes apareceram e o espancaram.

A jovem contou que antes das agressões, viu alguns seguranças em rondas em frente à universidade, mas não no momento da briga.

Após o espancamento, Nicholas ainda conseguiu andar do ponto de ônibus até um monumento em frente à entrada principal da UCDB, onde caiu. Auxiliado pelos amigos, ele caminhou até o próximo ponto de ônibus, distante cerca de 730 metros (sentido UCDB - Centro).

No ponto, o rapaz sentou no meio-fio e começou a vomitar. Disse que estava com muita dor de cabeça e caiu de costas. Nesse momento, a adolescente disse que avistou uma viatura da PM vindo da UCDB. Um dos amigos gritou e foi para o meio da rua, para pedir socorro. Segundo a garota, os policiais pararam, mas disseram que iriam atender uma ocorrência mais importante e voltariam em seguida.

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