Polícia descarta tráfico de drogas na morte de tatuador
Após ouvir o traficante Wandilney Garcia Jará, 42 anos, a Polícia Civil descartou a hipótese do assassinato do tatuador Luciano Estevão dos Santos, o Johnny, ter ligação com o tráfico de drogas.
Com isso, fica reforçada a tese de crime de passional. A polícia agora pretende chegar ao autor dos dois tiros que mataram o tatuador, e então prender o mandante, já que o principal suspeito, Miguel Bacargi, continua a negar qualquer relação com o homicídio.
O delegado Luís Carlos Rodrigues da Silva, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios), acredita estar próximo da elucidação do caso.
Nei, como o traficante é conhecido, foi ouvido nesta sexta-feira pelo delegado e negou que tenha envolvimento com a morte de Johnny.
De acordo com o delegado, Nei afirmou ser amigo do tatuador há três anos e que Johnny não sabia que ele traficava, apenas que era usuário. Os dois se conheceram na Doutrina Espiritual do Vale do Amanhecer, cuja sede é no bairro Los Angeles, e ficaram amigos.
Nei disse que fazia tratamento para se livrar das drogas na Doutrina, informação que já havia sido passada à polícia por Cássia Álvares, viúva do tatuador.
Segundo Luís Carlos, Nei era freqüentador do estúdio de Johnny, que tatuou de graça no peito do amigo, o nome do filho.
O traficante ficou emocionado, chegou a chorar no depoimento e a cobrar da polícia a elucidação do caso. Declarou ainda que cerca de um ano antes da morte,