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Cidades

Polícia descobre mentira de Petshop e conclui inquérito da morte de cadela

Graziela Rezende | 10/09/2013 11:18
Cadelinha fraturou 8 costelas após queda. Foto: Divulgação
Cadelinha fraturou 8 costelas após queda. Foto: Divulgação

A Polícia encerra, nesta terça-feira (10), as investigações sobre a morte de uma cadela de 4 meses, logo após o banho em um Pet Shop da Capital. Segundo o delegado Silvano Mota, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), o banhista escondeu um acidente e, somente com os laudos periciais, foi desmentida a 1ª versão dada pelo autor.

“Assim que hidratou o animal, o banhista, um jovem de 18 anos, o deixou na guia de segurança. Ele então desligou o secador e foi olhar outro cachorro, contando que neste momento a cadela ainda estava arredia por ser o seu 1° banho. O animal ficou lá por um tempo e depois ele voltou com um aparelho de ventilação mais potente e barulhento, momento em que a cadela se assustou e pulou do local”, afirma o delegado Mota.

O delegado não soube precisar a altura, mas a queda foi tamanha que a cadelinha teria fraturado oito costelas, algo que também estava no laudo pericial. “O autor contou que na ocasião achou até que o animal tinha cortado a língua, por conta de bater o queixo no chão. O banhista o pegou e então colocou no hotel, aguardando a chegada da dona”, comenta o delegado.

Assim que soube da chegada da funcionária pública Wania Ferreira, 44 anos, o banhista foi pegar a cadelinha para colocar lacinhos. “Nesse momento, a cadelinha já não respondia mais e o funcionário foi correndo chamar o veterinário. Ele constatou a morte e ligou para a dona. E, ao invés de contar o fato, o jovem escondeu o acidente e por isso tamanha a revolta da dona”, explica o delegado.

No decorrer das investigações, o laudo pericial também apontou as lesões típicas de um acidente. “Não poderíamos nem pensar em agressão quando se trata de uma pessoa que, há quatro anos, trabalha como banhista. E ainda em uma clínica, que possui profissionais especializados, então, desde o início suspeitávamos de algo que eles não estavam contando”, avalia o delegado.

O jovem, que disse ter mentido com medo de perder o emprego, de acordo com o delegado, será indiciado por praticar maus tratos ou abuso contra animais domesticados ou silvestres. A pena varia de três meses a um ano de detenção e que pode ser agravado em mais seis meses por conta da morte, além de multa. No âmbito civil, o delegado diz ainda que o proprietário poderá entrar com uma ação de indenização.

Caso - A morte "inusitada" até então ocorreu no dia 22 de agosto. O animal da raça Lhsa Apso, de nome Luly, foi atendido na “Creche SPA Cantinho do Animal”, que existe em Campo Grande desde 2011.

Na segunda-feira (2), a morte da cadelinha veio a tona com a Anda (Agência de Notícias dos Direitos Animais), considerado o maior portal de notícias de animais do mundo.

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