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Cidades

Polícia identifica quadrilha do golpe de R$ 5,4 milhões e indicia 6 na Capital

Graziela Rezende | 03/10/2013 12:04
Delegado ressalta que investigação do caso foi complexa. Foto: Simão Nogueira
Delegado ressalta que investigação do caso foi complexa. Foto: Simão Nogueira

O golpe de R$ 5,4 milhões, aplicado em uma empresa que efetua pagamento de boletos e cartões de crédito, é oriundo de um estabelecimento da Capital, que inclui o proprietário, contador, administrador e até o funcionário do galpão de uma outra vendedora de grãos. Dos 32 suspeitos, 6 são da Capital e foram indiciados pelo crime de estelionato e, posteriormente, de formação de quadrilha.

“É uma investigação complexa, principalmente porque eles transferiram o dinheiro para mais de 30 contas bancárias, incluindo pessoa física e jurídica. Nós conseguimos o bloqueio, mas até agora somente R$ 24 mil foram recuperados”, afirma o delegado Valmir Moura Fé, titular da Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários).

Segundo o delegado, o início das investigações ocorreu com o registro policial por parte da empresa lesada. Assim que recebeu quatro boletos, um no valor de R$ 3,4 milhões, outro de R$ 800 mil e os demais que totalizaram R$ 5,4 milhões, a empresa fez o pagamento no banco, inclusive se utilizando de envelope lacrado e todo o sistema de segurança necessário.

Na ocasião, os funcionários da empresa imprimiram o boleto bancário no site devido, sem desconfiar de qualquer alteração. Porém, os golpistas alteraram seis dígitos do código e o dinheiro foi “parar na conta” da empresa vendedora de grãos, em Campo Grande. Passado o prazo, a outra empresa que deveria receber o dinheiro questionou o pagamento.

Descoberta - A empresa de cartões ressaltou que já havia feito o pagamento. Em contato com o gerente do banco, conforme Moura Fé, este descobriu a fraude. Os envolvidos foram chamados para prestar depoimento e negaram o crime.

“Eles trouxeram mais de 20 advogados neste período, mostrando um contrato sem assinatura. A desculpa do sócio majoritário é que o contador pegaria depois, porém a multinacional explicou que não havia nenhuma negociação, muito menos compra de grãos porque ela não trabalha com isso. Eles afirmaram que era uma mentira e se tratava de um golpe”, comenta o delegado.

Até o momento, conforme apurou o Campo Grande News, ninguém foi preso. “Em um segundo passo, vamos investigar a quadrilha, se é um golpe único ou se eles já lesaram outras empresas”, finaliza o delegado.

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