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Cidades

Polícia investiga 45 farmácias e duas distribuidoras por roubo de remédios

Edivaldo Bitencourt e Antonio Marques | 22/06/2015 16:30
Ana Cláudia (a esquerda), Renata e Elton Galindo durante coletiva na Polícia Civil (Foto: Fernando Antunes)
Ana Cláudia (a esquerda), Renata e Elton Galindo durante coletiva na Polícia Civil (Foto: Fernando Antunes)

A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária do município investigam 45 farmácias e duas distribuidoras por receptação da carga de remédios, que foi roubada em 19 de janeiro deste ano em Pouso Alegre (MG). Uma distribuidora, autorizada a funcionar em Mato Grosso do Sul em outubro do ano passado, foi interditada e vai responder por receptação dolosa.

Os dados da Operação Phamarcus, realizada na semana passada, foram divulgados em entrevista coletiva na tarde de hoje pela delegada titular da Deco (Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado), Ana Cláudia Medina, pelo titular da Decon (Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), Elton de Campos Galindo, e pela chefe de fiscalização da Vigilância Sanitária, Renata Rodrigues.

Os estabelecimentos são investigados porque receberam parte dos 51.414 caixas de medicamentos, avaliadas em R$ 1,4 milhão, que foram roubadas em janeiro deste ano. Segundo a delegada, o lote é o de número 35.650 e começou a ser distribuído em Mato Grosso do Sul em março deste ano.

O medicamento é o Selozok 50mg, indicado para pressão arterial, e custa R$ 45 nas farmácias. Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, a distribuidora Medicar'Dim tinha como atrativo para comercializar o medicamento um desconto de 16%, ou seja, a caixa era vendida por até R$ 28 com 30 comprimidos, quando o preço médio nas distribuidoras é R$ 33.

A principal suspeita é que a distribuidora Medicar’Dim, autorizada a funcionar em Mato Grosso do Sul em outubro de 2014, seja a receptora da carga roubada e estaria distribuindo também no Espírito Santo e Mato Grosso. A empresa foi interditada porque comprava medicamentos de outras distribuidoras e não diretamente da indústria, que é o procedimento correto. A distribuidora está sendo investigada por receptação dolosa.

Foram recolhidos medicamentos na distribuidora São Bento, que não foi interditada porque só este remédio não foi adquirido diretamente da indústria. Outras 35 farmácias da rede São Bento foram alvos da operação. Também foram recolhidos remédios nas lojas da farmácia São Leopoldo, no Centro e na Rua Eduardo Elias Zahran.

Além da Medicar'Dim, outros 46 estabelecimentos estão sendo investigados por receptação culposa, sem a intenção. A polícia suspeita que 4.010 caixas roubadas foram vendidas em Mato Grosso do Sul. A Operação Pharmacus já recuperou 1.040 caixas e novas investigações buscam o restante dos produtos. A Polícia tem 30 dias para concluir o inquérito. A pena nestes crimes em caso de condenação é de 3 a 8 anos de reclusão.

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