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Cidades

Polícia pode prender sete pessoas. Grupo vendia CNH por até R$ 3 mil

Francisco Júnior | 09/04/2013 07:58
Um dos presos durante operação chega a sede do Gaeco escoltado por policiais da PRF. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Um dos presos durante operação chega a sede do Gaeco escoltado por policiais da PRF. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A operação desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) visa cumprir sete mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Fátima do Sul. O grupo criminoso vendia a carteira de motorista por até R$ 3 mil.

Os mandados são cumpridos nas cidades de Anastácio, Aquidauana, Nioaque, Sidrolândia e Jateí, todas em Mato Grosso do Sul, e Cuiabá, capital de Mato Grosso.

A operação batizada de “Risco Duplo” é o desfecho de investigação iniciada em outubro de 2012, para apurar as atividades de quadrilha responsável pela emissão fraudulenta de CNHs (Carteiras Nacional de Habilitação), bem como de certificados de Cursos de Transporte de Cargas Perigosas, Transporte de Passageiros e Coletivos.

Participam da ação no Estado, três promotores de Justiça, 58 Policiais Rodoviários Federais e 10 Policiais Militares do Gaeco. Ainda, estão sendo empregadas nos trabalhos 26 viaturas e uma aeronave.

De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), os integrantes da quadrilha tratavam da venda de habilitações para interessados em pelo menos três Estados (MS, MT e SP), bem como emitiam certificados exigidos por lei para a condução de produtos perigosos, transporte de passageiros e coletivos, mesmo sem a frequência dos interessados em curso.

Segundo se apurou, cada habilitação era vendida por valores que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil. Já os certificados de curso eram vendidos pelo valor de R$ 400. Estima-se que em menos de três meses a quadrilha tenha comercializado cerca de 50 habilitações.

Os investigados, todos ligados aos centros de formação de Condutores, responderão pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e formação de quadrilha. As penas somadas podem ultrapassar os dez anos de prisão.

Os presos serão encaminhados até a sede do Gaeco em Campo Grande para serem ouvidos, juntamente com o material apreendido pelas equipes.

Nesta manhã, o Ministério Público brasileiro, através do GNCOC (Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas), em parceria com diversos outros órgãos, deflagrou a Operação Nacional contra a Corrupção, destinada a desmantelar esquemas de corrupção que atuavam em 12 Estados do País: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.

No País - No total, a operação mobiliza um efetivo de 158 promotores de justiça e 1.300 policiais federais, rodoviários, civis, militares, servidores de Tribunais de Contas, Controladoria-Geral da União, Receitas Federal e Estaduais, e visa cumprir 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens, e 20 mandados de afastamento das funções públicas, expedidos pelo Poder Judiciário.

As verbas públicas sob investigação, somadas, ultrapassam R$ 1,140 bilhão, envolvendo desvios em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito de agentes públicos e outros suspeitos, inclusive empresários.

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