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Cidades

Polícia prende receptadores com R$ 50 mil ao investigar estelionato no RJ

Graziela Rezende | 19/09/2013 12:27
Produtos seriam vendidos no site Mercado Livre. Foto: Simão Nogueira
Produtos seriam vendidos no site Mercado Livre. Foto: Simão Nogueira

Ao investigar o crime de estelionato, oriundo de empresas do comércio eletrônico com sede no Rio de Janeiro, no qual os golpistas estariam fazendo compras com cartão clonado, a Polícia Civil da Capital desvendou dois receptadores e apreendeu mais de R$ 50 mil em produtos sem origem comprovada.

Após meses de investigação, a operação foi deflagrada na madrugada desta quinta-feira (19). Segundo o delegado Fernando Paciello, titular da 6ª Delegacia, o inquérito policial explicava ao certo que a Polícia chegou a endereços inexistentes, porém em seguida descobriu que “encomendas” estavam sendo entregues em locais próximos.

A Polícia então fez ao juiz um pedido para comparecer em quatro endereços diferentes, entre eles nos bairros Tarumã e Coronel Antonino. Com a autorização judicial da busca e apreensão, homens da 4ª, 5ª e 6ª Delegacia, além de um policial perito em informática, da Deco (Delegacia Especializada em Repressão ao Crime Organizado), compareceram aos locais.

Eles aguardaram o início da manhã para adentrar simultaneamente nas casas, segundo o delegado Paciello. “Com relação a nossa investigação inicial, de empresas que foram vítimas no Rio de Janeiro e no interior do Paraná, não encontramos nenhum produto. Porém, os envolvidos estavam com diversas outras encomendas ilícitas”, conta o delegado Paciello.

Dos presos, sendo um homem de 34 anos, morador do Jardim Tarumã e outro, de 19 anos, morador do Coronel Antonino, apenas o último confessou o crime. O jovem contou inúmeras versões, conforme o delegado, porém os mais relevantes foram de que ele conheceu uma pessoa na internet, morador do Piauí e que com ele descobria “dados frios” para fazer compras na internet.

Já o outro informou que fazia as compras com o cartão próprio e que inclusive pagava as faturas. Em sua casa também foi flagrada uma arma e ele também será indiciado pelo porte ilegal de arma de fogo.

“Nós convidamos a Receita Federal para comparecer a delegacia e eles comprovaram a fraude contra o Fisco, que seria a cobrança da dívida da lei de responsabilidade fiscal. Dessa maneira, os envolvidos responderão por receptação qualificada pela venda domiciliar, com a pena que pode ser agravada para até oito anos de reclusão”, finaliza o delegado.

Produtos de jovem de 19 anos eram comercializados no 'boca a boca'. Foto: Simão Nogueira
Produtos de jovem de 19 anos eram comercializados no 'boca a boca'. Foto: Simão Nogueira
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