Polícia sabia de risco de assaltos há 2 meses
A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) sabia há cerca de dois meses que assaltos a bancos poderiam ocorrer na região norte de Mato Grosso do Sul.
Em maio, a Secretaria recebeu documento com informações sobre os planos de um grupo, que seria de Pernambuco, mas nenhuma ação especial foi desencadeada para evitar os crimes.
Na segunda-feira, a informação menosprezada pelo governo estadual, virou cena de cinema, em Costa Rica, cidade que fica a 338 quilômetros de Campo Grande.
Grupo fortemente armado invadiu duas agências bancárias, deixou a cidade em pânico, fugiu com reféns, dinheiro e desapareceu, sem que a Polícia Civil encontrasse qualquer evidência sobre os autores.
Hoje, três dias depois, mais uma comprovação de que o anuncio era verdadeiro. Novamente, utilizando fuzis e encapuzados, sete homens, como em Costa Rica, assaltaram uma agência do Banco do Brasil em Pedro Gomes, a apenas 200 quilômetros de distância do assalto de segunda-feira.
Pela forma como os bandidos agiram, a quadrilha pode ser a mesma. O número de ladrões vistos pela população é igual, as roupas usadas são semelhantes e o destino para a fuga foi o mesmo: Alcinópolis.na divisa com o vizinho Mato Grosso.
O Garras (Grupo de Repressão a Assaltos e Seqüestros) está na região desde ontem. Chegou tarde por conta de uma pendência em relação a diárias que rendeu até o afastamento do titular, Luiz Carlos Rodrigues.
Ele deixou o posto também na quarta-feira, após se recusar a viajar até Costa Rica sem diárias, teria de pagar as despesas do próprio denheiro. Quem aceitou as condições foi Ivan Barreira, da DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), agora premiado com a direção do Garras.
Plano - Conforme apurou o Campo Grande News, a informação sobre a possibilidade de assalto chegou à Sejusp com memorando da Inteligência da Polícia Civil, e apontava sobre plano para roubo a banco em Mato Grosso do Sul, ou em Goiás ou no Mato Grosso.
