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Cidades

Policial é investigado por desviar recursos de abastecimento de viaturas

Inquérito da corregedoria da polícia civil virou ação civil pública do MPMS, que pede condenação por improbidade administrativa

Izabela Sanchez | 11/07/2018 18:02

O escrivão da polícia civil, Bernardino Medina, é investigado pela 31ª Promotoria de Justiça de Campo Grande por improbidade administrativa. Segundo a promotoria, que acompanhou apuração da corregedoria da polícia civil, o policial teria desviado valores de abastecimento de viaturas, ao utilizar cartão de crédito e receber quantias em dinheiro.

Segundo o promotor Humberto Lapa Ferri, entre os meses de junho de 2015 a fevereiro de 2016, Bernardino utilizou o cartão“TAURUS CARD” junto aos postos de combustíveis, “simulando o abastecimento de viaturas a fim de obter os valores em dinheiro”.

Conforme explica o promotor, o policial utilizou “acesso privilegiado” pois era gestor de frota e também utilizou o acesso de uma policial superior. O promotor explica que as irregularidades se tornaram mais claras depois do registro de pedidos “seguidos” de verbas suplementares para abastecer as viaturas.

Em depoimento prestado à polícia, o escrivão confessou ter desviado os valores. Ele afirmou que passava o cartão da viatura e recebia o valor em espécie, que girava em torno de R$ 140 para abastecer aproximadamente 50 litros.

No processo, a defesa nega que os desvios ocorreram para benefício próprio. A defesa alega fragilidade de provas e afirma que o policial “é escrivão de policia há mais de 13 (treze) anos e nunca sofreu qualquer tipo de investigação por parte da Corregedoria Geral de Policia-MS”, ou qualquer órgão investigativo, tratando-se de homem/profissional atuante, honesto e extremante zeloso”.

A defesa alega que as transações ocorreram com o intuito de colaborar com a manutenção da frota de viaturas, já que o valor destinado ao reparo dos veículos não atendia às demandas.

O MPMS (Ministério Público Estadual) pede que ele responda por improbidade admnistrativa, enriquecimento ilícito, dano ao erário e atentado contra princípios norteadores da administração pública.

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