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Cidades

Policial piloto conta que quase teve aeronave abatida por assaltante

Renan Nucci | 29/08/2014 15:54
Medina é piloto policial da Sejusp e participou do processo de criação do Garras. (Foto: Reprodução/Facebook)
Medina é piloto policial da Sejusp e participou do processo de criação do Garras. (Foto: Reprodução/Facebook)
Medina, à direita, recebe homenagem durante evento na manhã de hoje, em Campo Grande. (Foto: Sejusp)
Medina, à direita, recebe homenagem durante evento na manhã de hoje, em Campo Grande. (Foto: Sejusp)

Profissão arriscada como a de qualquer policial, só que com um agravante: a função é exercida no ar, em grandes altitudes. É assim que investigador da Polícia Civil Roberto Medina Filho define as tarefas do cargo de piloto policial que ocupa junto à CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo) da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). O risco é presença constante em seu contidiano.

No ano de 2009 ele quase teve um helicóptero abatido por assaltantes. O piloto conta que, na ocasião, ele e colegas fechavam o cerco contra ladrões que haviam roubado uma agência bancária em Costa Rica, sobrevoando baixo uma mata em busca dos fugitivos. Os bandidos foram presos e um deles portava um fuzil FAL 7,62 milímetros de uso das forças armadas, com calibre suficiente para derrubar qualquer tipo de aeronave.

“Depois que foi preso, o assaltante disse que manteve o helicóptero na mira do fuzil, e que só não atirou porque estava escondido no mata, e sua posição não favorecia uma mira precisa. Se ele tivesse disparado, certamente seriamos abatidos, pois a arma é muito forte” comentou.

O investigador conta que a rotina de voos diários é intensa, e lembra de outras ocorrências que acompanhou, como a perseguição aos bandidos que mataram o policial Rony Mayckon Varoni de Moura da Silva, 28 anos, durante roubo a um malote com R$ 20 mil, em junho deste ano, e recentemente no transporte de policiais e peritos que fizeram a exumação de um corpo em Jardim. “Atendemos todo tipo de ocorrência conforme regulamenta a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil”, comenta.

Segundo o piloto, além de perseguições policiais, também cumpre em suas função inúmeras atividades referentes à segurança pública, como atendimento ao Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outras entidades do setor, bem como o transporte de autoridades, resgate de feridos e escolta de presos.

Profissão Piloto – Um dos investigadores que participaram do processo de criação do Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros) nos anos 90, Medina comenta que ingressou na CGPA em 2008, logo no primeiro ano que a entidade foi fundada. “Eu servi ao Garras por muitos anos. Em certa época, a Sejusp solicitou que a unidade tivesse uma equipe de serviços aéreos e foi ai que ingressei na aviação. Quando a CGPA foi criada, prontamente fui chamado”, conta ele que precisou fazer uma série de cursos e processos seletivos para chegar aonde chegou. “Não foi um caminho fácil”, completa.

Homenagens - Em homenagem aos serviços prestados ao longo dos anos, Medina recebeu na manhã de hoje (29), durante evento realizado em alusão ao 70º aniversário da Base Aérea de Campo Grande, no pátio da Organização Militar, o título de "Membro Honorário da Força Aérea Brasileira". "É uma honra ser condecorado pela Força Aérea. É o reconhecimento do trabalho, mostrando que estamos no caminho certo".

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