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Cidades

Policial preso em Dourados está na PRF há 14 anos

Redação | 18/11/2008 14:23

O policial Alaécio Dias Barbosa, preso na manhã desta terça-feira na Operação 334 da PF (Polícia Federal), está na PRF (Polícia Rodoviária Federal) há 14 anos.

Segundo a PRF, ele e mais 47 policiais se revezam nos postos de fiscalização localizados em Caarapó, Dourados e Ponta Porã.

De acordo com a PF, Alaécio facilitava o escoamento de contrabando e entorpecente que eram adquiridos pela quadrilha do empresário Júlio César Duarte, também preso.

O policial não fiscalizava os ônibus onde as mercadorias eram transportadas. O contrabando era encaminhado para Mato Grosso e Minas Gerais. Já as drogas, somente para Minas Gerais.

Ele foi preso em Dourados e será transferido para Campo Grande. Um irmão de Alaécio também foi preso, assim como outras 10 pessoas. Sendo cinco em Mato Grosso do Sul, quatro em Belo Horizonte e três em Cuiabá.

Mais um  - Este é o 14º policial rodoviário federal preso neste ano. Em maio deste ano, outros 13 foram presos na operação Diamante Negro. Todos trabalhavam no posto de Paranaíba e recebiam propina para facilitar o escoamento de cargas ilegais de carvão.

Desde então, o posto não tem policiais fixos. O efetivo que trabalha no local muda a cada 15 dias, em média.

De acordo com a PRF, são mandados para o local, policiais de outros postos, que fazem um revezamento para que a rodovia não fique sem fiscalização. Só será chamado efetivo fixo para o posto quando concurso for realizado. A previsão é para o próximo ano.

Em Mato Grosso do Sul, a PRF conta com cerca de 340 policiais atuando na fiscalização de 3,1 mil quilômetros de rodovias.

Conforme a PRF, o ideal seria efetivo de 1,2 mil homens. São 20 postos, mas seriam necessários mais cinco.

Operação 334 - Sobre a quadrilha desbaratada nesta terça-feira, as apreensões realizadas pela PF durante os 10 meses de investigação que resultaram em prejuízo de R$ 1,5 milhão ao esquema.

A informação é baseada nas 12 apreensões de contrabando e nas quatro de entorpecente. Só com a retirada de circulação das drogas, o prejuízo foi de R$ 600 mil. Com o pagamento de multas, R$ 245 mil.

Os crimes praticados pela quadrilha que atuava em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais, também deram prejuízo aos cofres públicos. Segundo a PF, R$ 400 mil é o valor que o governo receberia em impostos caso as mercadorias fossem importadas legalmente.

Hoje, dos 14 mandados de prisão expedidos, 12 foram cumpridos.

Quatro pessoas foram presas em Belo Horizonte, onde ainda estão foragidos dois suspeitos de tráfico. Em Cuiabá houve três prisões. Em Ponta Porã três e em Dourados três.

Foram cumpridos os 15 mandados de busca e apreensão. Em Mato Grosso do Sul foram apreendidos documentos e em Belo Horizonte pneus e cigarros contrabandeados e ainda R$ 20 mil e U$ 10 mil.

Ao todo, 19 pessoas são investigadas. Eles são suspeitos dos crimes de formação de quadrilha, contrabando e descaminho, tráfico de drogas e associação para o tráfico, corrupção ativa e passiva e falsificação de documento.

As prisões são preventivas, sem prazo determinado, e motivadas pela possibilidade concreta de fuga dos investigados, que residem na região de fronteira, bem como para a garantia da ordem pública.

A operação contou ainda com o apoio da Receita Federal e da PRF, que acompanhou as investigações sobre a participação de um dos seus integrantes desde o início dos trabalhos.

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