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Cidades

População de rua cresce sem ação eficaz, diz psiquiatra

Redação | 03/11/2010 14:12

"Erradicar a miséria". Esta foi a promessa mais ousada da presidente eleita Dilma Rousseff. Acabar com a miséria que se apresenta de forma concentrada em periferias das capitais brasileiras e espalhada no centro das cidades.

Em Campo Grande, basta caminhar em qualquer uma das avenidas mais movimentadas para constatar a presença de moradores de rua. Uma das promessas da presidente para combater a miséria é estender o programa Bolsa-Família a esse público, além de indígenas, quilombolas, pessoas libertadas de trabalho considerado escravo e casais pobres mas sem filhos.

No Brasil, não há nem estatística oficial sobre as pessoas que moram nas ruas, número que deve ser levantado a partir do ano que vem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), conforme Marco Antônio Alexandre, coordenador técnico do Censo (para o site G1).

Nas ruas de Campo Grande - Conversando com os moradores de rua da Capital, é possível descobrir universos mais complexos em que a solução estaria longe do auxílio em dinheiro. A maioria das pessoas, que vivem no abandono das ruas, sofre de vícios ou patologias mentais.

"Eu faço a rotina pelo estado", repetia inúmeras vezes durante entrevista ao Campo Grande News o senhor Laércio Mazalli, de 57 anos. Caminhando na Via Park em direção ao centro da cidade, Laércio estava com cobertores amarrados pendurado nas costas e com um palito de dente na boca.

Ele não se identificou como morador de rua, explicando que é marinheiro e faz essa caminhada sem fim pelo estado, após ter saído de Presidente Prudente, interior de São Paulo. Após meia hora de conversa, conseguiu revelar certa coerência nas afirmações, fazendo entender que esta é a rotina dele, e que ele faz isso porque não tem outra opção, trata-se de imposição do Estado, ou seja, do sistema.

"Não é que sou feliz assim. Mas tenho que fazer isso.

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