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Cidades

Por dinamismo, rodoviária dá fim a 'beijo de despedida'

Redação | 04/02/2010 17:25

A troca da antiga rodoviária no Centro pela nova, na Avenida Gury Marques, transformou a rotina de quem trabalha e de quem viaja em Campo Grande. Em seu terceiro dia de funcionamento, o terminal apresenta menos curiosos e aposta no dinamismo. Resultado: acabaram-se, para a alegria de motoristas e tristeza de namorados, os longos beijos de despedida na porta dos ônibus.

A busca pelo dinamismo se mostra pela rapidez com que o embarque e o desembarque são feitos nas plataformas. Para agilizar todos os processos, as empresas assinaram um termo em que se responsabilizam por realizar todo o processo em no máximo quinze minutos. Atrasos geram multas para as empresas que não prezarem pela pontualidade.

Já para quem se despede o preço é o fim dos beijos, abraços e do romantismo que marca as partidas. Para o motorista Edival de Souza, o fim dos beijos é quase uma redenção. Apontando para um casal que se despede rapidamente enquanto a moça passa pela catraca por um dos portões de embarque, o motorista ri e comenta que "acabou isso ai... o beijinho".

Edival não celebra com frieza o fim do romantismo. Em nome de mais rapidez, tempo é tudo e beijinhos são vilões. "Isso atrasava a gente demais lá na antiga rodoviária. Agora, se não sai com o carro no tempo certo, paga multa. A despedida tem que ser bem antes, senão perde o ônibus, porque a gente sai mesmo", defende o motorista.

Rotina - Depois da festa, o dia a dia. Motoristas, representantes das empresas de ônibus e do terminal ainda se organizam. A distribuição das 16 plataformas já foi feita, mas deve passar por alterações. Os horários, definidos pelas empresas, também podem mudar de acordo com a demanda. O que operadores dos dois lados buscam é uma uniformidade maior nos embarques e desembarques, evitando momentos de pico e outros de ociosidade.

Para Antonino Alibrando, representante da concessionária que administra o terminal, as empresas de ônibus já se mostram mais adequadas à nova rotina. O movimento de embarque e desembarque, segundo ele, se manteve o mesmo. A diferença é a redução no número de visitantes. "Hoje já temos menos pessoas que vem para o terminal apenas para conhecê-lo e passear", afirma.

A calmaria também é testemunhada pelos soldados Albuquerque e Campos, que fazem a ronda no terminal. Desde o dia 2 de fevereiro, inauguração da nova rodoviária, nada de incomum aconteceu no local. "Bem diferente do que era na antiga", explica, com um tom de alívio, o soldado Campos.

Perguntado se a curiosidade atrapalha o trabalho e atrasa as viagens, o representante da concessionária garante que não, apesar de operadores ainda demonstrarem pouca adaptação. "Mesmo com tanta gente, não tivemos problema. Estes dois dias foram bem organizados. Os poucos a população vai conhecendo a rodoviária e deixa de ser novidade", explica.

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