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Cidades

Prefeitura prevê custo de R$ 350 mi com alterações nas obras da 163

Antonio Marques | 04/07/2015 14:47
O projeto executivo da duplicação do macroanel na Capital deve enfrentar alterações para reduzir impactos aos moradores, empresários e comerciantes da região (Foto: Marcos Ermínio)
O projeto executivo da duplicação do macroanel na Capital deve enfrentar alterações para reduzir impactos aos moradores, empresários e comerciantes da região (Foto: Marcos Ermínio)
O diretor de Relações Institucionais da empresa CCR MSVia, Claudeir Alves Mata, ressaltou que a empresa é de Mato Grosso do Sul e vai fazer o que é melhor para a população (Foto: Marcos Ermínio)
O diretor de Relações Institucionais da empresa CCR MSVia, Claudeir Alves Mata, ressaltou que a empresa é de Mato Grosso do Sul e vai fazer o que é melhor para a população (Foto: Marcos Ermínio)

Prevista para iniciar a partir de 2017, as obras de duplicação do trecho de 25 quilômetros da BR-163, que corta Campo Grande, ligando as saídas de Cuiabá e São Paulo, podem custar R$ 350 milhões a mais, conforme estudo do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) apresentado a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), que prevê 10 alças de acesso à rodovia.

No projeto original da concessionária que administra a rodovia, CCR MSVia, estão previstos pontos de acesso em frente ao shopping Bosque dois Ipês, na saída para Cuiabá, um na saída para Três Lagoas (Bairro Maria Pedrossiam), um terceiro na MS-040 (Três Barras) e o último na saída para São Paulo.

Diferente disso, o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) e a Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) realizaram estudos e detectaram que serão necessários mais seis pontos para facilitar as transposições na via, passando para dez alças.

Conforme o levantamento, estariam previstas a construção de viadutos, mergulhões, além vias marginais para atender ao fluxo de veículos dos bairros e vilas localizados ao longo do traçado, que começa perto das Moreninhas, na saída para São Paulo e termina perto do Jardim Colúmbia, na saída para Cuiabá.

Atualmente, a concessionária CCR MSVia está realizando apenas obras paliativas (colocação de guard rails) no trecho para garantir melhor segurança na rodovia que, segundo o diretor de Relações Institucionais da empresa, Claudeir Alves Mata, apresenta muitos acessos irregulares que provocam muitos acidentes. Neste ano, já ocorreram 107 acidentes, com 64 vítimas ao longo do macroanel, conforme dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

As seis obras remanescentes, junto com as vias marginais, segundo o diretor da Planurb, Marco Antonio Cristaldo, vão custar R$ 350 milhões. "É uma conta que o município vai enfrentar dificuldades para pagar, daí a necessidade de se inserir, pelo menos, parte deste investimento como contrapartida dentro da GDU (Guias de Diretrizes Urbanísticas) que será feita para a obra, junto com o licenciamento ambiental”, informa.

Conforme a prefeitura, esta estimativa computa o investimento necessário de R$ 160 milhões para construção de travessias (viadutos ou mergulhões) no acesso ao campus da Anhanguera-Uniderp Agrárias, onde hoje existe um semáfaro; na confluência com a Avenida Ana Rosa Castilho, que liga o macroanel a Avenida Cônsul Assaf Trad; acesso à BR-163 do braço norte do anel, em construção entre as saídas de Rochedo e Cuiabá; na avenida Guaicurus; Residencial Dahma e na Rua Darwin Dolabani, região do Jardim Itamaracá, onde há grande concentração de oficinas às margens da rodovia.

A parcela complementar de R$ 190 milhões incluiria a construção de 60 quilômetros de vias marginais, com pavimentação, drenagem e iluminação. A abertura destas avenidas exigirá a desapropriação de faixa de terra que somam aproximadamente 80 hectares, considerando que seriam necessários uma faixa de 20 metros de cada lado das margens das pistas.

Em entrevista coletiva, nessa sexta-feira, o prefeito Gilmar Olarte (PP) comentou que o secretário especial do Ministério dos Transportes, Edson Girotto, em reunião ocorrida em Brasília na quarta-feira, 1º, quando o projeto do Planurb foi apresentado, chegou a dizer que o custa será ainda maior que R$ 350 milhões.

Anhandui - Em relação à travessia do distrito de Anhandui, o prefeito Gilmar Olarte disse que o projeto prevê um posto de parada na localidade com a realocação das barracas instaladas no canteiro central da avenida, num espaço do município, uma espécie de mercado, onde os viajantes encontrarão os mesmos produtos hoje vendidos nas barracas montadas às margens da pista. Também serão necessárias travessias para garantir o deslocamento dos moradores entre uma margem e outra.

No próximo dia 8, o prefeito, vereadores e empresários participam de outra reunião em Brasília com representantes da CCR MSVia e o secretário Edson Girotto, para continuar o debater do projeto executivo e as possibilidades de alterações apresentadas pela prefeitura.

O investimento previsto na duplicação da rodovia é de R$ 3,4 bilhões. De acordo com o diretor da CCR MSVia, Claudeir Alves Mata, ao todo serão seis anos de obras e 30 anos de concessão. Até o final deste de 2015, a empresa vai entregar 120 km dos 847 km da duplicação e iniciar a cobrança nas dez praças de pedágio.

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