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Cidades

Presidente do TJ diz que paralisação é direito do servidor, mas aumento não muda

Marta Ferreira e Fabiano Arruda | 12/04/2011 11:42
Presidente do TJ diz que não há como dar aumento maior aos servidores. (Foto: João Garrigó)
Presidente do TJ diz que não há como dar aumento maior aos servidores. (Foto: João Garrigó)

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Luiz Carlos Santini, comentou esta manhã a paralisação dos servidores do Judiciário anunciada para amanhã dizendo que é um direito da categoria, assegurado pelo “estado democrático” e que, desde que não haja danos ao patrimônio público, “não tem problema”. Sobre o motivo da manifestação, o descontentamento dos servidores com o reajuste concedido, de 6%, Santini foi categórico: disse que não tem como dar um aumento maior.

Como tem feito sempre que fala do assunto, Santini alegou que o Tribunal corre risco de ultrapassar o limite de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Quanto ao argumento dos servidores de que os magistrados tiveram um aumento muito maior do que o concedido à categoria, Santini disse que, os juízes e desembargadores, não havia reajuste desde 2007. Enquanto isso, afirmou, os servidores tiveram acréscimo nos salários em todos os anos de lá para cá.

A paralisação-Segundo o presidente do Sindijus, Dionízio Gomes Avalhaes, informou ontem, os cerca de 3,2 mil servidores do Judiciário de Mato Grosso do Sul irão paralisar as atividades em todo o Estado.

O principal motivo é a questão salarial, mas há outros pontos na pauta de reivindicação. O sindicalista afirmou que a categoria vai ficar em "estado de greve", ou seja, uma paralisação por tempo indeterminado pode ocorrer a qualquer momento.

Avalhaes reclama que recentemente houve reajuste salarial no congresso de

61,8% e que logo será aprovado o Projeto de Lei que aumenta em 14,1% o salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

O segundo ponto elencado pelo sindicalista é quanto ao novo horário da Justiça Estadual, que deverá ser pelo menos das 9h às 18h, segundo decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A proposta do Sindicato é fazer dois turnos de 6horas para os servidores, com abertura à população durante 12h.

Sobre isso, o presidente do TJ afirmou que a corte está aguardando a oficialização da decisão do CNJ, o que ainda não aconteceu, e que estuda um horário que tenha mais funcionários à tarde, quando o movimento é maior.

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