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Cidades

Estelionatário preso continua na ativa e dá golpes em pacientes de São Paulo

Daniel Machado | 01/03/2015 22:15
O repórter da Globo entrevista Valfrido, que diz que "do leigo ao mais culto, todos estão sujeitos a serem enganados". (Foto: Reprodução/TV Globo)
O repórter da Globo entrevista Valfrido, que diz que "do leigo ao mais culto, todos estão sujeitos a serem enganados". (Foto: Reprodução/TV Globo)

Um ano e meio após virar notícia no Campo Grande News como detento que se passava por médico para extorquir - por telefone e dentro da cela - famílias de pacientes internados em clínicas particulares da capital, Valfrido Gonzales Filho, de 36 anos, segue em plena atividade e foi destaque em matéria especial do programa Fantástico, da Rede Globo, na noite deste domingo (1).

A reportagem do Campo Grande News, publicada em 11 de junho de 2013, informava que a polícia havia identificado golpes a pelo menos seis famílias de pacientes, com o estelionatário conseguindo cerca de R$ 38 mil das vítimas em 10 dias, por telefone dentro do Presídio de Segurança Máxima de Dourados, a 233 quilômetros da capital.

De acordo com a matéria do Fantástico, Valfrido segue utilizando sua cela como escritório para praticar seus golpes por telefone, que já totalizam 40 e uma média mensal de R$ 200 mil.

O último foi em janeiro deste ano, contra a esposa de um homem internado no Hospital Paulistano, na capital de São Paulo. Com 20 ligações ao longo de dois dias, Valfrido conseguiu que a mulher, fragilizada e vulnerável com o quadro grave de saúde do marido, efetuasse quatro depósitos num total de R$ 8,6 mil na conta de um laranja, contratado por ele.

Fingindo ser médico, ele dizia à vítima que o dinheiro serviria para a compra de medicamentos e que enviaria posteriormente a nota fiscal e também uma carta endereçada ao plano de saúde para o ressarcimento.

Um dos ‘laranjas’ do esquema é Lúcio Peres de Almeida, dono de uma das contas nas quais as vítimas depositavam o dinheiro, que na reportagem do Fantástico aparece sendo preso pela polícia no município de Campo Grande.

No programa, o repórter da Globo entrevista Valfrido, que diz que "do leigo ao mais culto, todos estão sujeitos a serem enganados".

Para o delegado Wellington de Oliveira, da Policia Civil de Mato Grosso do Sul, Valfrido é mais do que um golpista. "Basicamente o Valfrido é um artista. É aquele criminoso sedutor”, diz. "Nesta modalidade, golpe da desgraça se passando por médicos, ele é um dos mais avançados", revela.

O delegado, também entrevistado no programa de televisão, admite que um dos maiores desafios nas penitenciárias e demais institutos penais é evitar a entrada de aparelhos celulares, a partir dos quais os detentos seguem praticando crimes e comandando facções mesmo dentro das celas.

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