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Cidades

Presos falsificavam carimbos e selo, aponta investigação

Redação | 29/04/2008 16:25

A investigação da Polícia Civil que levou ao indiciamento de 13 pessoas acusadas de participação em um esquema de facilitação de saídas de presos da Colônia Penal Agrícola de Campo Grande, entre elas 5 servidores públicos, encontrou, além de uma agenda que funcionava como uma espécie de livro-caixa das irregularidades, documentos que podem comprovar que eram usados documentos falsos para atestar a saída de presos para trabalhar.

Quatro cartas de trabalho com sinais de falsificação foram identificadas. Três dessas cartas são de empresas que já existiram mas estão fechadas e portando seria impossível que um preso estivesse trabalhando no local.

A descoberta dos documentos foi graças a escutas telefônicas, nas quais eles foram citados. Uma das cartas, que beneficiava o preso Gilcemar Arruda Brito, um dos indiciados por corrupção, é datada de 5 de julho do ano passado.

Nela, o carimbo de autenticação do cartório é falsificado. O selo autenticador é reaproveitado, conforme a polícia identificou. Ainda conforme apurado, o esquema vigora pelo menos desde a administração de Luis Carlos dos Santos na unidade penal.

Santos deixou o cargo em fevereiro, após um ano, alegando problemas de saúde. Foi substituído por Livrado da Silva  Braga, que também está sendo acusado de fazer parte do esquema e que já teve a prisão preventiva decretada.

Ele foi demitido do cargo Pelo que a investigação apurou, os dois ex-diretores tinham conhecimento de uso de documentos falsos para atestar saída de presos.De acordo com que foi descoberto durante o inquérito, ainda não há relação comprovada entre as cartas falsificadas e o esquema de recebimento de propina por parte dos servidores para permitir a saída dos detentos.

Também não há confirmação de que o dinheiro pago vinha de crimes cometidos fora do presídio, de acordo com os responsáveis pelo inquérito.

O esquema - A apuração aponta que a conta bancária de Ariadne Waleka Pantoja Pereira, filha do detento Mário Pereira, recebia os depósitos de menor valor, que acabam custeando as saídas irregulares.

Os valores podiam chegar a R$ 1 mil, dependendo do tempo de saída. Os montantes maiores, segundo fontes que atuam na investigação, iam parar direto na mão de Livrado Braga. Em alguns casos, o acerto era antes da saída irregular.

Mas havia também, conforme o trablho policial aponta, situações em que, depois de ficar ausente por vários dias, presos recebiam cobrança de pagamento de propina para que fosse feito vistas grossas.

Além da agenda que funcionava como livro-caixa, encontrada na casa de um dos detentos, foram apreenderam livros de controle de saídas de preso, listas do

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