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Cidades

Pressionada, Funai não inicia estudo sobre novas áreas

Redação | 18/05/2009 16:14

Dois meses depois de republicar as portarias, a Funai (Fundação Nacional do Índio) ainda não iniciou os trabalhos para identificar 39 novas áreas indígenas em 39 municípios da região sul de Mato Grosso do Sul. Desde a republicação das portarias, em 6 de março deste ano, o órgão enfrenta forte pressão política e dos produtores rurais contra a ampliação das áreas destinadas aos índios Guarani-Kaiwá e Nhandeva.

A administradora do órgão em Dourados, Margarida Nicoletti, confirmou que os grupos de trabalho ainda não retornaram a região sul do Estado. A maioria dos 45,4 mil índios da região é da etnia Guarani-Kaiowá. Ela disse que a decisão cabe ao presidente nacional da Funai, Márcio Meira.

Em março, Margarida previu que os trabalhos começariam em abril. No entanto, o reinicio dos trabalhos enfrentou forte oposição do governador André Puccinelli (PMDB), deputados, senadores e produtores rurais. Eles foram a Brasília e pediram a criação de um grupo de trabalho para buscar alternativas à criação de novas aldeias na região.

Após a mobilização dos produtores rurais, que acusam Meira de ter quebrado acordo firmado em setembro na Governadoria, a Funai praticamente paralisou os trabalhos. O Campo Grande News procurou o órgão em Brasília, mas a assessoria da presidência não forneceu informações sobre os trabalhos de demarcação.

A área a ser demarcada pode atingir em torno de 600 mil hectares na região sul do Estado. Produtores rurais chegaram a divulgar que o total seria de 12 milhões de hectares.

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