ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Cidades

PRF testa raio-x para vigiar rodovias e flagrar crimes

Redação | 08/12/2009 16:58

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Mato Grosso do Sul começa a testar aparelho de raio-x liberado pelo Ministério da Justiça ao Estado.

Os equipamentos só vieram porque policiais foram buscá-lo no Departamento Nacional, em Brasília. Em outubro, o jornal O Globo denunciou que 55 equipamentos estava estragando em depósito da PRF.

Depois da liberação, treinamento foi feito por funcionários da empresa que fabrica o raio-x.

Os aparelhos estão em fase de implantação em todo Brasil, sendo que o Estado serve como experiência piloto.

O equipamento é semelhante aos usados nos aeroportos e está montado em uma unidade móvel. Por enquanto, foi usado em operações de revista, tendo identificado drogas escondidas em malas e mochilas.

Os policiais rodoviários utilizam o equipamento em diversos trechos das rodovias, não apenas em um ponto fixo e não é usado em operações cotidianas, por ser uma experiência piloto para definir a maneira de ser operado.

A experiência é considerada positiva pela PRF e, supostamente, mais duas unidades de raio-x podem ser enviadas ao Estado. Estas serão unidades fixas, a serem utilizadas em algum dos 22 postos que a PRF opera nas estradas do MS. Assim, o Estado ficaria com três unidades de raio-x em operação.

Porém, o processo será lento, devido à alta burocratização. Para a instalação dos equipamentos, deve ser montada uma estrutura específica e isso deve passar por longo processo de licitação, antes de qualquer projeto.

O aparelho custa em torno de U$$ 80 mil dólares e foram comprados pelo governo federal para atender os jogos pan-americanos, em 2007. Quando os jogos acabaram, a força tarefa montada pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) deixou todos guardados em um depósito da PRF no Rio de Janeiro.

O Departamento Nacional de Polícia Rodoviária Federal solicitou alguns dos aparelhos e, devido à morosidade burocrática, a divisão ocorreu este ano. A PRF ficou com 31 aparelhos de raio-x, de esteiras, e 4 scanners de maior porte.

Descaso - No final de outubro, o jornal O Globo denunciou que 55 esteiras de raios-X e quatro portais com scanners gigantes estavam se deteriorando num galpão na sede da PRF na Via Dutra, em Irajá no Rio de Janeiro.

Os equipamentos foram guardados a pedido da Senasp. O material foi comprado por R$ 90 milhões, para ser usado durante o Pan de 2007.

Um portal de raios X ou uma esteira numa blitz poderiam revelar se caminhões, ônibus e outros veículos estão transportando drogas e armas, mesmo que camufladas.

A sensibilidade dos equipamentos permite detectar metais e substâncias orgânicas. A diferença entre os aparelhos é que, no caso do portal, o veículo passa por ele; já a esteira é para verificação de bagagem.

A distribuição dos aparelhos foi feita pela necessidade de cada instituição, sendo que a PRF teve a disposição, 31 destes, segundo o Ministério da Justiça.

O MPF (Ministério Público Federal) investiga se foi cometido ato de improbidade no abandono dos materiais.

Seja como for, os aparelhos teriam melhor destinação se estivessem nas fronteiras, principalmente do Estado.

Com informações de O Globo

Nos siga no Google Notícias