PRFs denunciam condições precárias de carceragem da PF
Policiais rodoviários presos por receberem propina denunciaram à OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) as condições da carceragem da Superintendência Regional da PF (Polícia Federal), em Campo Grande, onde estão.
Os 11 policiais que assinam o documento relatam que no local não há ventilação, nem visualização ao ambiente externo. Eles ficam 24 horas nas celas; não é permitido entrada de livros jurídicos e jornais.
Denunciaram que só chegam aos detentos objetos deixados às segundas-feiras das 9 às 10h e que o contato com advogados é feito somente por interfone, com uma janela de grade e vidro, ambos de pé.
Os policiais relatam ainda que não podem ter contato com a família; que os uniformes não são trocados desde 21 de maio e que o atendimento médico que havia sido prometido a eles, ainda não foi feito.
No documento eles falam que há quatro detentos por cela de 2,5mX5m, e que os colchonetes velhos não vedam a friagem. O banheiro, segundo eles, está em péssimas condições.
Eles dizem ainda que todo papel repassado para advogado é lido e copiado pelos agentes, mesmo cartas para familiares e que eles chegaram a ser reconhecidos por presos flagrados em Chapadão do Sul.
A carta foi anexada junto ao ofício com pedido de providências feito pelo presidente da OAB, Fábio Trad, endereçado ao Juiz Federal e Corregedor Odilon de Oliveira e ao superintendente da PF Luiz Adalberto Philippsen;
O documento encaminhado a OAB é assinado por Wanderlilton da Silva Araújo; Sidenilto Corrêa de Paula; Carmelito Pereira do Nascimento; José C. De Paiva; Ives Querino Diniz; Adelino Brandão dos Santos; Marco Antônio Rodrigues de Miranda; Nilson Moreira Barros; Diogênes Soares de Oliveira;