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Cidades

Prisão de foragido revela trauma de vítimas com assalto

Redação | 01/09/2009 17:30

Policiais da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) prenderam ontem (31) Wellington Garcia Rodrigues, de 20 anos, que tinha mandado de prisão pelo assalto praticado dia 19 de maio, quando invadiu um bar na Vila Margarida, onde fez um homem refém. Nem a prisão dos dois bandidos que mantiveram o dono do local sob mira de faca trouxe alívio à família.

"Só não fecho o bar porque meu ganha pão é aqui", revela a comerciante Maria de Lourdes, de 43 anos. Ela se emociona ao lembrar da ação e de como os ladrões agrediram seu marido.

Um dia após o assalto, a família não quis abrir o comércio. Entretanto, depois disso precisou continuar com o negócio, para garantir o sustento. Mas, a rotina não foi a mesma, e após 15 dias eles instalaram um aparelho na entrada do bar, para soar alarme quando chegam clientes.

Além disso, sempre que chega algum cliente e um familiar vai atender, o outro fica nos fundos do estabelecimento, para o caso de precisar pedir ajuda se for assaltado novamente.

Isso porque, durante a ação, os ladrões disseram que tinham um mandante e ainda ameaçaram os donos dizendo que se eles chamassem a Polícia, voltariam para matá-los.

"Estamos nas mãos de Deus agora", desabafa a dona do bar, que tem medo de retaliação pela prisão dos assaltantes.

Assalto - Segundo Maria, Wellington chegou ao estabelecimento e fingiu ser cliente. Depois de jogar sinuca e beber cinco garrafas de cerveja, ele entrou no bar como se fosse até uma prateleira. Foi quando anunciou o assalto.

Depois disso, seu comparsa, Everton Nunes da Silva, pegou uma faca de cozinha que havia no local e fez o proprietário refém. "Só deu tempo de puxar minha filha (de 14 anos) e correr", lembra Maria de Lourdes. Por pouco toda a família não ficou refém dos bandidos.

A outra filha do casal, Valéria de Lourdes, de 24 anos, chegava da escola no momento da ação. Ela conta que só teve tempo de estacionar a motocicleta Honda Biz e correr para um matagal que fica em um terreno nos fundos do bar, depois de ouvir a mãe gritar que eles eram assaltados.

Enquanto os bandidos roubavam dinheiro do caixa e produtos do bar, a mulher e as filhas procuraram ajuda. "Pensei em proteger minhas filhas, mas não queria deixar meu marido lá com eles", conta a comerciante.

Durante o assalto, Everton ainda teria agredido o proprietário do bar e pego uma garrafa de cerveja para quebrar em sua cabeça, mas foi impedido por Wellington, que disse que 'não precisava matar'.

Após a ação, os dois fugiram levando R$ 300,00, três aparelhos celulares, alguns pares de tênis da família, além de cigarros e bebidas que havia no bar, e fugiram em uma bicicleta.

Prisão - Antes de assaltar o bar, Wellington frequentou o local algumas vezes. Por conta disso, as vitimas conseguiram passar sua descrição à Polícia.

O comparsa do jovem, Everton Nunes da Silva, foi preso no dia 3 de junho, por roubar uma motocicleta. Na ocasião, ele confessou ter assaltado o bar na Vila Margarida.

Após sua prisão, Wellington foi morar em um assentamento próximo ao município de Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital. Ele foi preso ontem, em uma de suas vindas a Campo Grande.

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