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Cidades

Problemas na Santa Casa podem acabar em CPI na Câmara

Redação | 27/04/2009 12:24

A população sofre com a redução dos serviços prestados pela Santa Casa de Campo Grande e tão difícil quanto resolver o problema é descobrir qual a dimensão dele, já que os números são desencontrados em relação ao total de leitos.

Associação Beneficente de Campo Grande, que fundou o hospital e luta para voltar a administrá-lo, aponta que existem atualmente 400 leitos ativos. Já o médico e vereador Loester Nunes (PDT), diz que apenas 430 estão em funcionamento enquanto o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que são 620 leitos disponíveis para os pacientes.

A situação do hospital foi discutida hoje pela manhã na Câmara Municipal de Campo Grande. O vereador Jamal Salém (PR) cogita a possibilidade de criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a queda nos atendimentos e aumento na dívida do hospital decorrente do período de intervenção no qual o poder público ficou responsável pela administração da Santa Casa.

De acordo com o vereador, há cerca de quinze dias foi feita uma inspeção no hospital e os parlamentares da Comissão de Saúde analisam a possibilidade de instaurar a CPI. Eles precisam contar com o apoio de sete vereadores para a abertura da investigação. Para Jamal Salém, a paralisação das cirurgias eletivas desde janeiro, redução de internações e aumento da dívida do hospital são fatores que justificam o pedido de CPI.

Assim como Jamal, o vereador Loester Nunes (PDT) também é contrário à intervenção, que ele classifica como "agressão e violência". Loester é médico na Santa Casa e disse que há quinze dias, quando fiscalizaram o hospital, constatou-se a falta de medicamento simples como a Dipirona.

Ele afirma que a redução de leitos durante a intervenção foi de 780 para 430. Na sexta-feira, segundo Loester, sete salas de cirurgia foram fechadas para funcionar como UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O diretor-clínico da Santa Casa, Carlos Barbosa, admite que houve falta de material e justifica que o problema ocorreu depois do fim da intervenção porque os fornecedores tiveram medo de não receber pelas mercadorias. Já em relação à adaptação feita para atender pacientes que precisavam de UTI, Barbosa alega que se trata de um procedimento corriqueiro porque as salas de cirurgia são as que mais se aproximam do ideal devido à quantidade de equipamentos. O hospital conta com 18 leitos de UTI adulto, conforme o diretor. Ele revela ainda que a Santa Casa foi criada para atender 14 pacientes no Pronto-Socorro e chega a receber 40 pessoas.

Barbosa afirma que o problema da suspensão das cirurgias eletivas pode ser revolvido caso haja incentivo da prefeitura e do governo, a exemplo do que ocorre em outros Estados, onde o poder público complementa os repasses do SUS (Sistema

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