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Cidades

Procurador que matou sobrinho pode ir a júri popular

Redação | 16/03/2010 10:02

Aposentado desde dezembro com salário de R$ 22 mil, o procurador de Justiça Carlos Alberto Zeollla, acusado de matar o sobrinho Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, pode perder o foro privilegiado e ir a júri popular.

De acordo com o advogado Ricardo Trad, que atua na defesa de Zeolla, o MPE (Ministério Público Estadual) enviou petição ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) alegando que Zeolla perdeu o cargo, que dá direito ao julgamento diferenciado, em razão da aposentadoria.

O pedido será avaliado pela Corte Especial do Tribunal. Com foro, Zeolla será julgado por desembargadores. Se o pedido do MPE for aceito, o caso será repassado ao Fórum e o procurador aposentado vai enfrentar o julgamento com sete jurados, como os demais autores de homicídio.

Trad defende o julgamento especial. "Eu contestei, porque ele não perde a condição de procurador ao se aposentar". Conforme o advogado, o STF (Supremo Tribunal Federal) analisa um caso semelhante, envolvendo um juiz aposentado.

Ele explica que o julgamento está suspenso. Antes do pedido de vista, havia empate de 1 voto a favor da perda do foro após a aposentadoria e um contra.

O advogado acredita que o TJ/MS decidirá em breve sobre o pedido do MPE. A petição foi assinada pelo procurador-geral Miguel Vieira.

Carlos Alberto Zeolla está preso desde 3 de março de 2009, mesmo dia em que Cláudio, de 23 anos, foi assassinado. O crime aconteceu na rua Bahia, próximo a rua Pernambuco, em Campo Grande, quando Cláudio ia para uma academia de ginástica. O jovem foi morto com um tiro na nuca.

Zeolla alegou que matou o sobrinho porque o rapaz havia agredido o avô (pai do procurador), um dia antes. No entanto, testemunhas dizem que o idoso não foi agredido, apenas teve uma briga com o neto. O procurador aposentado está internado na Clínica Carandá.

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