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Cidades

Produtora diz que não está confiante sobre solução para invasão de terras

Alan Diógenes e Leonardo Rocha | 02/09/2015 13:57
Em clima de emoção, índios chegam para reunião com ministro da Justiça. (Foto: Marcos Ermínio)
Em clima de emoção, índios chegam para reunião com ministro da Justiça. (Foto: Marcos Ermínio)

Ao deixar a reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no final da manhã desta quarta-feira (2), a produtora rural Luana Ruiz informou que ficou claro que “o impasse não irá chegar a lugar algum”. Segundo ela, o ministro disse que só haverá determinação sobre as invasões assim que terminar a rodada de negociações. Os produtores já cogitam entrar na Justiça para retomar a posse das terras.

“O Governo Federal e Estadual estão supostamente preocupados. Foi só depois desse conflito mais intenso que eles decidiram retomar a mesa de negociação, mas o produtor só senta na mesa se tiver a posse das propriedades. Se não retomaremos através de processo, pela via judicial”, explicou a produtora.

A reunião com as lideranças indígenas com o governador e o ministro está prevista para começar às 13h30. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que veio junto com a comitiva de políticos, dialogou com a comunidade indígena para organizar quem iria entrar e participar da reunião.

Fez parte da conversa o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), João Pedro Gonçalves da Costa. Ele não quis dar nenhuma declaração à imprensa, mas falou que espera que o ministro tenha alguma decisão no final da reunião sobre o impasse.

As reuniões para tratar de uma solução para o conflito entre indígenas e produtores rurais tiveram início às 10h30 e seguirão no período da tarde. O governador Reinaldo Azambuja considerou providencial a vinda do ministro e aposta no diálogo para efetivar o fim dos conflitos.

O ministro disse que não vai tolerar a incitação a violência nas áreas de conflitos indígenas de Mato Grosso do Sul. “Não aceitaremos incitação a violência, seja de qualquer parte. E não toleraremos desrespeito a ordem pública em hipótese alguma. O que eu faço é um apelo pela mediação, com a presença das partes envolvidas, governo estadual e federal, Funai, Advocacia Geral da União (AGU), Ministério Público federal (MPF) e judiciário”, concluiu.

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