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Cidades

Professor trabalha mais de 40h e em mais de uma escola

Redação | 28/05/2009 17:58

Parte significativa dos professores de Mato Grosso do Sul cumpre jornada semanal de 40 horas ou mais e um terço cumpre expediente em mais de um estabelecimento de ensino. A constatação é Censo Escolar da Educação Básica 2007, divulgado pelo Ministério da Educação.

Para o presidente da Fetems (Federação do Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, este quadro não é o ideal. A entidade defende que o professor tenha jornada de 30 horas e trabalhe em apenas uma escola. O contrário, segundo o dirigente, não contribui com a qualidade do ensino na rede pública e particular.

De acordo com o Censo Escolar, 45,4% dos 24,9 mil docentes da educação básica trabalham dois ou três turnos. São 37,9% cumprindo dois turnos e 7,5% três períodos. A maioria, 54,5%, trabalha apenas um turno.

O MEC constatou que 30,3% dos professores trabalham em duas escolas ou mais. 69,6% cumprem jornada em apenas um estabelecimento de ensino, considerado ideal pela Fetems. Contudo, 24,2% trabalham em dois colégios, 4,8% em três e 1,2% em quatro ou mais. Para Teixeira, alguns estabelecimentos ficam distantes e comprometem ainda mais a produtividade e a qualidade do ensino.

Em decorrência de salários baixos e para suprir o orçamento familiar, 9,9% dos professores trabalham nas escolas públicas estaduais e municipais. 114 chegam a cumprir tripla jornada, nos três tipos de rede: particular, estadual e municipal.

O Censo Escolar ainda revelou que apenas 27,7% dos trabalhadores trabalham com apenas uma turma. 17,1% trabalham com duas turmas, 4,4% com três, 5,8% com quatro turmas e 44,7% atendem cinco ou mais turmas.

A secretária estadual de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa, comentou a fomração dos docentes. 77,6% teriam formação superior, o que coloca Mato Grosso do Sul na liderança do ranking nacional, seguido por Santa Catarina (77%) e São Paulo (74,5%).

"A conquista deste primeiro lugar reflete a postura do governo do Estado em colocar a educação como prioridade. E os investimentos são benéficos para os alunos, para os professores e para a sociedade como um todo", afirmou a secretária.

Dos 24,9 mil docentes, 79,7% (19,8 mil) são mulheres, contra 5.035 homens.

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