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Cidades

Professores param Centro da Capital em dia de protesto

Redação | 24/04/2009 09:47

O trânsito nas principais ruas do Centro de Campo Grande parou nesta manhã por horas. Apesar do anúncio antecipado do protesto nacional dos professores, a manifestação por melhorias no ensino e aplicação do Piso Nacional do Magistério pegou muita gente de surpresa e provocou irritação.

"Nossa, o trânsito vira um caos, e nem sei o motivo desse povo estar reclamando", comenta o militar aposentado, Júlio Amêndola.

A categoria "fechou" a maioria das escolas públicas nesta sexta-feira em todo o País e saiu às ruas. A estimativa de Polícia Militar é de 2 mil pessoas no protesto na Capital, mas os sindicatos falam em mais, contabilizam pelo menos 3,8 mil manifestantes, e até 5 mil, com participação de representantes de 54 municípios.

Em Campo Grande, a estimativa é de adesão em 65% da Rede Municipal. As aulas perdidas hoje serão repostas no dia 16 de maio. No Estado, a paralisação atinge mais de 75% das escolas, dizem os organizadores do protesto.

O grupo saiu da Praça Ary Coelho, entrou pela 14 de Julho, seguiu pela Antônio Maria Coelho, retorna pela 13 de Junho e na Praça do Rádio Clube pegará ônibus fretados para ir até a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).

Na entidade, os professores querem marcar a luta pela implantação do Piso Nacional do Magistério, ainda desrespeitado pela maioria das prefeituras do Estado, segundo informa a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS).

A lei criou o piso no valor de R$ 950, que deve estar valendo em todo País até 2010. A partir de janeiro de 2009, os estados e municípios já devem buscar alcançar o valor, que também será adotado para o pagamento dos benefícios dos aposentados.

A maioria não implantou, diz o diretor da Fetems, Roberto Magno César. "Os exemplos de implantação são Três Lagoas, Ivinhema, Coxim e Corumbá".

Dinheiro - Para ampliar a discussão, às 18 horas, o prefeito Nelsinho Trad deve receber uma comissão para discutir reajuste salarial dos professores da Capital.

"Mas o movimento não é só pelo piso, é maior, é pela qualidade do ensino", defende o presidente da ACP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública de Campo Grande), Geraldo Alves Gonçalves.

A professora da Capital, Rafaela de Oliveira, saiu para protestar hoje. "Apesar de aqui já não haver problema com o piso, temos de aproveitar para falar que muito precisa ser feito para a qualidade de ensino".

No interior, a maior luta é contra a evasão escolar, conta a professora Maria Rita Silva, de Ribas do Rio Pardo. "Não temos estrutura para segurar o aluno, precisamos também de medidas contra a violência. Lidamos com crianças que vendem drogas e furtam dentro da própria escola".

Política - Após passeata nas ruas, em ato público na Praça do Rádio Clube espaço foi aberto aos parlamentares do Estado interessados em falar sobre as reivindicações da categoria.

O espaço foi preenchido pelos petistas Pedro Kemp, Antônio Carlos Biffi e Pedro Teruel. O professor Rinaldo Modesto (PSDB) também participa da manifestação.

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