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Cidades

Protesto lembra morte na porta de hospital em Paraíba

Redação | 30/03/2010 17:40

Familiares e amigos de Aquiles Francisco de Souza, que morreu no dia 17 deste mês após esperar atendimento no chão da Santa Casa de Paranaíba, a 413 quilômetros de Campo Grande, fizeram na manhã de ontem (29) um protesto pelas ruas da cidade pedindo melhorias no atendimento do hospital.

Os participantes saíram em carreata parte do trajeto e depois seguiram a pé até a frente da Santa Casa, onde fixaram faixas e cartazes em árvores e fizeram uma oração.

A viúva da vítima participou do protesto e ressaltou a angústia de pensar em qual resposta vai dar à filha, de apenas cinco meses, quando ela crescer e perguntar pelo pai.

Ele morreu após esperar atendimento deitado no chão do hospital, sem poder entrar mesmo com quadro de infecção generalizada.

Para o amigo da família Diorel Moraes de Oliveira, de 24 anos, o movimento atingiu o objetivo de dar um aviso sobre o atendimento prestado na unidade, para que as autoridades se mobilizem diante do que aconteceu.

Irmão da vítima, Tiago de Souza Oliveira, reclama da falta de providências das autoridades e espera que o protesto sirva como exemplo para que o caso não volte a se repetir.

"Não vai trazer meu irmão de volta, mas a gente luta por justiça. O inquérito já está sendo aberto e vamos esperar por um resultado positivo" .

Isolado - Para o diretor clínico da Santa Casa de Paranaíba, Ítalo Araújo, apesar do protesto ser válido não há motivos para "generalizar" o problema, considerado por ele como um caso isolado.

"Essas coisas infelizmente fogem ao nosso controle", disse em entrevista a um jornal da cidade referindo-se ao problema no atendimento.

Ele reclama que depois do que ocorreu, há medo por parte da população em relação à unidade. O diretor contou que atendeu na rede particular uma paciente que pediu para que ele não a mandasse para a Santa Casa, como se o hospital estivesse um "caos".

De acordo com o diretor clínico, a estrutura do hospital é motivo de orgulho para a população e, se ele continuar sendo associado à morte do homem, não haverá mais ninguém interessado no atendimento prestado pela instituição. (Com informações do Jornal Tribuna Livre)

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