Quadrilha que mataria filho de empresário está no Garras
Chegaram ao Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros), nesta noite, quatro pistoleiros que podem ter sido contratados pelo superintendente da Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso), Francisco Serafim de Barros e pelo filho caçula dele, Fabiano de Barros Leão, de 33 anos, para matar um outro filho do empresário, Fábio Cézar de Barros Leão, de 40 anos.
Ademar Oliveira da Silva, 46, e Maxuel Silva dos Santos, 18, foram presos há cerca de um mês por porte ilegal de armas em Bandeirantes, cidade distante 70 quilômetros de Campo Grande. Mesmo sob suspeita de envolvimento em crime de pistolagem, a dupla foi solta por falta de provas, mas continuou sendo investigada.
Hoje, no entanto, com base em investigações entre GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado), em Cuiabá (MT) e o Garras, eles foram novamente presos e acabaram delatando outros dois pistoleiros que também teriam participação no crime contra Fábio. Os outros dois bandidos foram detidos em Rio Verde (GO) e se encontram no Garras com Ademar e Maxuel.
Os bandidos revelaram à polícia que iriam assassinar Fábio Leão de Barros. Ou seja, o pai supostamente teria os contratado para executar o próprio filho devido desentendimentos por causa de um prêmio de loteria.
O delegado Luciano Inácio da Silva, do GCCO, confirmou que a prisão de Francisco Serafim de Barros em Cuiabá, ocorrida ontem, foi originada após a detenção de Ademar e Maxuel. Ele e o filho Fabiano devem chegar a Campo Grande nesta madrugada, de acordo com o Garras.
O caso corre em segredo de justiça, portanto, informações relacionadas à apuração são mantidas em sigilo. A prisão de Francisco ocorreu na sede da federação. No momento da chegada dos policiais ao prédio, houve grande tumulto e correria de servidores.
Prêmio - Em 2006, Fábio ganhou um prêmio de R$ 29 milhões na loteria.
