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Cidades

Queimada força famílias a fugir de casa no Campina Verde

Redação | 22/06/2010 12:48

Os moradores do bairro Campina Verde, localizado na saída para São Paulo, sofrem quase diariamente com as queimadas na região. Na Rua Dolores Duran, um extenso matagal separa o bairro de um conjunto de casas da prefeitura e é o ambiente escolhido para destruir folhas e lixo.

"Todo dia chega gente com carroça de lixo e joga aí. Mas tem quem coloque fogo e me deixa sufocada. Não posso ficar na minha casa quando o vento vira e a fumaça vem pra esse lado. Fico pensando em quem mora do outro lado do mato como deve ser ruim", relata a costureira Maria Josina Ramos, de 58 anos, que há 1 ano reside no bairro Campina Verde.

Vizinha de Maria Josina, a auxiliar de limpeza Hélia Martins é a voz que pede ao Corpo de Bombeiros para acabar com essa situação. "Já cansei de ligar para eles quando alguém coloca fogo aqui. O jeito é se trancar dentro de casa e morrer de calor, ou ir para casa de algum parente até a fumaça diminuir", diz a moradora.

No final da tarde de segunda-feira, o Campo Grande News flagrou a alta fumaça provocada pela queimada. Da Avenida Gury Marques era possível ver o resultado das chamas no capim seco.

O inverno de Mato Grosso do Sul é marcado por um longo período de estiagem, com temperaturas mais baixas pela manhã e à noite, e tardes de muito sol. Aliado a isso, o tempo seco favorecer o aparecimento de focos de queimadas, além de colaborar quando a prática de atear fogo em folhas ou lixo é praticado sem orientação.

"Se não foi alguém que coloca fogo em lixo e folha, pode ser um desses drogados que entram no mato para fumar maconha. O cara deixa uma bituca e o fogo pega rapidinho. Tinha que cortar logo isso para acabar com esse esconderijo de marginal", sugere a dona de casa Geni Trindade, de 71 anos.

Para Janaína Ferreira Mendonça, de 19 anos, a preocupação é com a filha de 2 anos. "Temos a minha bebê e uma sobrinha com problema de bronquite. Essa fumaça é um veneno. Não se mais o que fazer. Toda semana é isso. Da última vez, os bombeiros tiveram que usar o abafador para controlar o fogo, porque com água não daria certo".

O Corpo de Bombeiros atende chamados de incêndios ou denúncias de queimadas pelo número 193. Em duas semanas foram 34 casos só em Campo Grande.

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